JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o menor orçamento dos últimos anos para financiar programas de geração de emprego e renda, o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) direcionará 93% de seus recursos para aplicação em projetos ligados a micro e a pequenos empreendimentos.
Ontem, o Codefat (Conselho Deliberativo do FAT) aprovou o orçamento de 2008, que ficou em R$ 4 bilhões, conforme a Folha antecipou. Em 2007, os recursos somavam R$ 9,5 bilhões e chegaram a R$ 16,2 bilhões em 2006. Com a redução do orçamento, o conselho decidiu vetar a aplicação de grandes volumes em projetos de infra-estrutura.
De acordo com o presidente do conselho, Luiz Fernando Emediato, esse tipo de investimento tem retorno financeiro demorado e gera menos empregos que os pequenos empreendimentos. De acordo com números preliminares, o Banco do Brasil foi a instituição oficial que ficou com a maior fatia dos recursos para empréstimos: R$ 1,7 bilhão.
Para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) foi destinado R$ 1,06 bilhão. A Caixa Econômica Federal receberá R$ 760 milhões. Emediato afirmou que neste ano, por conta da redução nos recursos, o direcionamento não foi feito por instituição financeira, mas por programas. Os bancos vinham disputando parcelas maiores de recursos.
Ele acrescentou que, no caso do BNDES, boa parte dos recursos deverá ser aplicada no cartão de crédito oferecido pelo banco para as empresas.


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