São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Investimento acelera no "novo PIB" e cresce 8,7%, mas recua ante série antiga

DA SUCURSAL DO RIO

Pela nova metodologia do IBGE, o investimento cresceu 8,7% em 2006, mais do que os 6,3% apurados na antiga série. Com tal crescimento, a taxa de investimento ficou em 16,8%, acima dos 16,3% de 2005. Na antiga série, variou de 19% a 20% nos últimos anos. Já a taxa de poupança subiu de 17,1% para 17,6% do PIB.
A explicação para o recuo do nível de investimento, segundo o IBGE, é que o PIB cresceu muito -cerca de 10% em valor- com a nova metodologia e, como a taxa de investimento é uma proporção do que é gasto nessa área em relação ao PIB total, houve perda relativa.
Segundo o IBGE, o aumento do peso de bens de capital (máquinas e equipamentos) no cálculo da Formação Bruta de Capital Fixa impulsionou a taxa, já que cresceram acima da média. A construção civil, por sua vez, perdeu participação no novo cálculo do PIB.
A construção subiu 4,4%, máquinas e equipamentos tiveram alta de 12%, desempenho puxado pelo crescimento do crédito e pela redução da taxa Selic (de 19,1% para 15,3%), diz Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.
Segundo o instituto, 48% do investimento tem origem em máquinas e equipamentos e 43% na construção civil. Antes, eram 60% e 40%, respectivamente. Segundo Leonardo Miceli, da Tendências, a expansão do investimento foi "a melhor notícia do PIB".


Texto Anterior: Novo cálculo eleva PIB de 2006 a 3,7%
Próximo Texto: Revisão faz carga tributária de 2006 ficar menor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.