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PROPRIEDADE
Polêmica pode ir parar na OMC
Patentes poderão
opor EUA a Brasil
FERNANDO GODINHO
da Sucursal de Brasília
Os Estados Unidos deverão
manter o Brasil na nova lista de
países que negam às empresas
norte-americanas proteção adequada aos direitos de propriedade
industrial e que não garantem a
participação dessas empresas, em
iguais condições, no mercado
consumidor interno.
O governo norte-americano
quer discutir esses problemas no
âmbito da Organização Mundial
do Comércio e poderá solicitar
sanções contra o Brasil.
A nova lista será divulgada na
segunda-feira, em Washington,
pelo Representante Comercial
dos EUA (ou USTR, da sigla em
inglês US Trade Representative).
Os problemas das empresas
norte-americanas no Brasil estão
relacionados, segundo o USTR,
com a falta de repressão ao comércio de produtos pirateados
(CDs, programas de computador
e fitas de vídeo) e com a concessão
de patentes estrangeiras para fabricantes nacionais.
Só a venda de produtos pirateados faz com que as empresas norte-americanas deixem de vender
US$ 900 milhões, a cada ano, no
mercado interno brasileiro -segundo as autoridades dos EUA.
Na lista de 99, o Brasil foi classificado como "país em observação", reservada para os parceiros
comerciais sobre os quais os EUA
têm preocupações em relação aos
mecanismos de proteção à propriedade intelectual e à falta de
condições para o acesso de produtos norte-americanos no mercado interno.
As outras duas categorias da lista (regulamentada pela medida
especial 301 da legislação comercial norte-americana) são "países
estrangeiros com prioridade"
(que são os mais danosos às empresas norte-americanas) e "observação prioritária" (para países
com práticas menos prejudicais à
economia dos EUA).
O governo dos EUA descarta a
possibilidade de classificar o Brasil como um país estrangeiro com
prioridade, mas poderá colocá-lo
sob observação prioritária.
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