da Redação

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos e 17 Estados norte-americanos que estão processando a Microsoft pediram ontem ao juiz Thomas Jackson -que julga o caso- que a Microsoft seja dividida em duas unidades.
A Microsoft, maior fabricante mundial de programas para computador, foi considerada culpada, no dia 3 de abril, de violar uma lei norte-americana de proteção à concorrência. Desde então, a empresa aguarda que a Justiça federal e 19 Estados norte-americanos -os acusadores- indiquem ao juiz Jackson uma sanção.
Pela proposta apresentada pela maior parte dos acusadores -dois Estados não endossaram o pedido-, a Microsoft seria dividida em duas grandes empresas. Uma seria responsável pelo sistema operacional Windows. A outra cuidaria dos negócios restantes da companhia, como os softwares já lançados e os futuros.
A sanção tem o objetivo de desvincular a venda do Windows à venda dos softwares da Microsoft -principalmente o pacote Windows-Office-, criando maior concorrência no setor.
O juiz Jackson havia dado prazo até ontem para que os acusadores apresentassem uma proposta de sanção. A Microsoft terá agora duas semanas para aceitar o pedido ou apresentar contraproposta.
Terminado o prazo da empresa, a acusação terá mais uma semana para estudar a contraproposta.
No dia 24 de maio, o juiz Jackson deve determinar a sentença. Mesmo que ele aceite a divisão da empresa, o resultado não será imediato.
A Microsoft já avisou que vai apelar para a Suprema Corte.
Segundo pessoas próximas do caso, os dois Estados que não assinaram a proposta conjunta não poderão apresentar um documento separado.
Suas objeções irão para uma nota de rodapé da proposta apresentada ontem.


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