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SAIBA MAIS
Moratória barrou investimentos no setor de energia
DE BUENOS AIRES
A combinação de crescimento econômico, falta de investimentos em infra-estrutura e
menor volume de chuvas levou
a Argentina ao racionamento.
Apesar de ter reservas de gás
para consumo por pelo menos
16 anos, o país não tem como
fazer a energia produzida chegar ao consumidor. Os serviços
de distribuição foram privatizados nos anos 90.
Desde que o presidente Néstor Kirchner assumiu, há um
ano, a discussão virou um jogo
de empurra entre governo e setor privado. O governo argumenta que as empresas não fizeram os investimentos previstos nos contratos.
As empresas, por sua vez, dizem que só farão investimentos
depois que o governo autorizar
aumento das tarifas.
O reajuste divide opiniões
dentro do governo. O ministro
da Economia, Roberto Lavagna, já se manifestou a favor.
Com a sua popularidade em
queda, Kirchner resiste a um
amplo aumento de tarifas.
Por outro lado, o país está
praticamente fechado à entrada de investimentos estrangeiros desde que decretou moratória em dezembro de 2001.
Cerca da metade do fornecimento de energia na Argentina
é baseada nas reservas de gás.
Outros 45% dependem de hidroelétricas.
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