São Paulo, quinta-feira, 29 de abril de 2004

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Moratória barrou investimentos no setor de energia

DE BUENOS AIRES

A combinação de crescimento econômico, falta de investimentos em infra-estrutura e menor volume de chuvas levou a Argentina ao racionamento.
Apesar de ter reservas de gás para consumo por pelo menos 16 anos, o país não tem como fazer a energia produzida chegar ao consumidor. Os serviços de distribuição foram privatizados nos anos 90.
Desde que o presidente Néstor Kirchner assumiu, há um ano, a discussão virou um jogo de empurra entre governo e setor privado. O governo argumenta que as empresas não fizeram os investimentos previstos nos contratos.
As empresas, por sua vez, dizem que só farão investimentos depois que o governo autorizar aumento das tarifas.
O reajuste divide opiniões dentro do governo. O ministro da Economia, Roberto Lavagna, já se manifestou a favor. Com a sua popularidade em queda, Kirchner resiste a um amplo aumento de tarifas.
Por outro lado, o país está praticamente fechado à entrada de investimentos estrangeiros desde que decretou moratória em dezembro de 2001.
Cerca da metade do fornecimento de energia na Argentina é baseada nas reservas de gás. Outros 45% dependem de hidroelétricas.


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