São Paulo, quarta-feira, 29 de maio de 2002

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MONTADORA

Empresa tem paralisação

Mercedes quer cortar 750, afirma sindicato

DA REPORTAGEM LOCAL

A DaimlerChrysler (proprietária da Mercedes-Benz) pretende demitir cerca de 700 funcionários da unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e 50 empregados da fábrica de Campinas, interior de São Paulo.
A informação é do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (ligado à CUT), Luiz Marinho, e de integrantes da comissão de fábrica da montadora. A empresa não confirma as dispensas.
Os cortes fazem parte de um projeto de reestruturação da empresa -Plano de Competitividade- e será discutido hoje entre representantes dos trabalhadores e da montadora.
"Não sabemos ainda quais setores serão afetados, nem temos números precisos. Mas vamos resistir. Não queremos programa de demissão voluntária nem demissões", disse Marinho.
De acordo com o coordenador da comissão de fábrica de São Bernardo, Valter Sanches, o plano de reestruturação tem como objetivo cortar em 15% os custos da empresa. "A fábrica mal encerrou um voluntariado e já quer fazer mais cortes. Precisamos discutir investimentos para garantir o nível de emprego."
As dispensas devem atingir 5.000 mensalistas (funcionários de setores administrativos) e horistas indiretos -ferramenteiros, mecânicos, empregados das áreas de montagem de protótipos, desenvolvimento e logística. No total, a montadora emprega 9.800 trabalhadores na unidade do ABC paulista, onde são produzidos caminhões e ônibus. Em Campinas, os cortes podem atingir 50 dos 700 empregados.
Ontem, os funcionários de São Bernardo fizeram uma hora de paralisação, durante uma assembléia à tarde, para discutir o assunto. Segundo o sindicato, os trabalhadores estão preparados para resistir aos cortes e podem entrar em greve.
Na próxima quarta-feira, foi marcado um seminário no sindicato da categoria para definir medidas contra as demissões. (CR)


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