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MONTADORA
Empresa tem paralisação
Mercedes quer cortar 750, afirma sindicato
DA REPORTAGEM LOCAL
A DaimlerChrysler (proprietária da Mercedes-Benz) pretende
demitir cerca de 700 funcionários
da unidade de São Bernardo do
Campo, no ABC paulista, e 50 empregados da fábrica de Campinas,
interior de São Paulo.
A informação é do presidente
do Sindicato dos Metalúrgicos do
ABC (ligado à CUT), Luiz Marinho, e de integrantes da comissão
de fábrica da montadora. A empresa não confirma as dispensas.
Os cortes fazem parte de um
projeto de reestruturação da empresa -Plano de Competitividade- e será discutido hoje entre
representantes dos trabalhadores
e da montadora.
"Não sabemos ainda quais setores serão afetados, nem temos números precisos. Mas vamos resistir. Não queremos programa de
demissão voluntária nem demissões", disse Marinho.
De acordo com o coordenador
da comissão de fábrica de São
Bernardo, Valter Sanches, o plano
de reestruturação tem como objetivo cortar em 15% os custos da
empresa. "A fábrica mal encerrou
um voluntariado e já quer fazer
mais cortes. Precisamos discutir
investimentos para garantir o nível de emprego."
As dispensas devem atingir
5.000 mensalistas (funcionários
de setores administrativos) e horistas indiretos -ferramenteiros,
mecânicos, empregados das áreas
de montagem de protótipos, desenvolvimento e logística. No total, a montadora emprega 9.800
trabalhadores na unidade do ABC
paulista, onde são produzidos caminhões e ônibus. Em Campinas,
os cortes podem atingir 50 dos
700 empregados.
Ontem, os funcionários de São
Bernardo fizeram uma hora de
paralisação, durante uma assembléia à tarde, para discutir o assunto. Segundo o sindicato, os
trabalhadores estão preparados
para resistir aos cortes e podem
entrar em greve.
Na próxima quarta-feira, foi
marcado um seminário no sindicato da categoria para definir medidas contra as demissões. (CR)
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