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Empresários temem falta de mão-de-obra qualificada
DA SUCURSAL DO RIO
A carência de mão-de-obra
qualificada nas empresas pode
se tornar um gargalo para a expansão econômica nos próximos anos, avaliaram "pesos pesados" do empresariado nacional -como José Sergio Gabrielli (Petrobras), Roger Agnelli
(Vale) e Emílio Odebrecht
(Grupo Odebrecht), que participaram ontem de debate durante o 20º Fórum Nacional.
"Se não cuidarmos dos nossos profissionais, vamos perdê-los. Falta engenheiro de projetos no mundo inteiro. E temos
que estar atentos para a formação e treinamento dos futuros
profissionais", disse Agnelli.
Segundo o presidente da Vale, as empresas brasileiras precisam superar os obstáculos internos que ainda existem se
quiserem sobreviver à disputa
global: "Há alguns anos, tivemos a consciência de que, se
não crescêssemos, seríamos
engolfados. Tínhamos o maior
custo de capital do mundo".
Já para Gabrielli, a Petrobras
precisa dar os passos necessários para crescer internacionalmente. "Precisamos ter em
mente que estaremos entre as
maiores do mundo. E isso impõe desafios", afirmou.
Em mesa de debates pela manhã, o economista Cláudio
Frischtak mostrou que as empresas brasileiras precisam intensificar a internacionalização iniciada há alguns anos.
"Precisam ganhar escala, capacidade de inovação. Isso teria
reflexos positivos para a produção interna: mais exportações,
mais empregos, mais desenvolvimento tecnológico. É preciso
também que governo e setor
privado caminhem juntos, e
mais intensamente, no plano
da diplomacia comercial."
(ROBERTO MACHADO)
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