São Paulo, quinta-feira, 29 de maio de 2008

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Empresários temem falta de mão-de-obra qualificada

DA SUCURSAL DO RIO

A carência de mão-de-obra qualificada nas empresas pode se tornar um gargalo para a expansão econômica nos próximos anos, avaliaram "pesos pesados" do empresariado nacional -como José Sergio Gabrielli (Petrobras), Roger Agnelli (Vale) e Emílio Odebrecht (Grupo Odebrecht), que participaram ontem de debate durante o 20º Fórum Nacional.
"Se não cuidarmos dos nossos profissionais, vamos perdê-los. Falta engenheiro de projetos no mundo inteiro. E temos que estar atentos para a formação e treinamento dos futuros profissionais", disse Agnelli.
Segundo o presidente da Vale, as empresas brasileiras precisam superar os obstáculos internos que ainda existem se quiserem sobreviver à disputa global: "Há alguns anos, tivemos a consciência de que, se não crescêssemos, seríamos engolfados. Tínhamos o maior custo de capital do mundo".
Já para Gabrielli, a Petrobras precisa dar os passos necessários para crescer internacionalmente. "Precisamos ter em mente que estaremos entre as maiores do mundo. E isso impõe desafios", afirmou.
Em mesa de debates pela manhã, o economista Cláudio Frischtak mostrou que as empresas brasileiras precisam intensificar a internacionalização iniciada há alguns anos.
"Precisam ganhar escala, capacidade de inovação. Isso teria reflexos positivos para a produção interna: mais exportações, mais empregos, mais desenvolvimento tecnológico. É preciso também que governo e setor privado caminhem juntos, e mais intensamente, no plano da diplomacia comercial."
(ROBERTO MACHADO)


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