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MERCADO FINANCEIRO
Moeda americana fecha cotada a R$ 2,82; juros futuros e risco-país mantêm queda; C-Bond sobe 2%
Dólar encerra semana com queda de 0,7%
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um dia de tranquilidade
para o mercado financeiro. Dólar
e juros fecharam em queda e a
Bolsa subiu 1,14% e se manteve
nos 11 mil pontos -fechou em
11.139 pontos.
O risco-país brasileiro, medido
pelo JP Morgan, caiu mais 4,5%
ontem e fechou a 1.527 pontos,
atrás de Argentina e Nigéria.
Os C-Bonds, títulos da dívida
externa brasileira, subiram 2%.
O dólar fechou com desvalorização de 1,23%, cotado a R$ 2,82.
Na semana, a moeda acumulou
queda de 0,7%. Apesar do recorde
de alta da semana, quando bateu
em R$ 2,885, seu maior valor em
oito anos, o dólar havia caído
2,11% na segunda-feira.
Continua crescendo no mercado a sensação de que o Banco
Central deverá lançar mão do viés
de baixa adotado em sua última
reunião e reduzir os juros. Atualmente a taxa básica de juros brasileira, a Selic, está em 18,5% ao
ano. O mercado passou a acreditar na possibilidade na quinta-feira, quando o Conselho Monetário
Nacional relaxou as metas de inflação para 2003 e 2004.
Como o controle da inflação é
apontado pelo BC como o principal empecilho para não reduzir a
Selic, criou-se uma brecha.
Com a nova perspectiva, as projeções para os juros no mercado
futuro continuaram a devolver o
exagero de alta dos últimos dias.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as taxas para janeiro, as que concentram o maior
número de negociações e são uma
referência para o mercado, encerraram o dia projetando juros de
22,73%, contra 23,25%.
No câmbio, o mercado viveu
ontem o dia de disputa pela formação do Ptax (preço médio do
dólar medido pelo BC diariamente). Segundo analistas, o mercado
estava "vendido", o que equivale
dizer que a maioria das apostas
era para uma cotação menor da
moeda norte-americana.
Ontem, o Banco Central fez novo leilão de "swap" cambial, uma
espécie de seguro que a instituição oferece a investidores como
proteção contra a variação cambial. O BC ofertou três lotes desses
papéis e, para um deles, houve
venda integral.
Um ponto divergente na calmaria do mercado de ontem foi o cupom cambial. As taxas subiram, mas, segundo analistas, essa modalidade se ajusta à perspectiva de queda dos juros. (ANA PAULA RAGAZZI)
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