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CÂMBIO
País, que enfrenta pior crise desde 1930, passa a incluir cultivo de drogas no cálculo do PIB
Colômbia cede à especulação e desvaloriza peso em 9%
das agências internacionais
A Colômbia desvalorizou ontem
o peso em 9%, alargando a faixa de
flutuação da moeda em relação ao
dólar.
A Colômbia é um dos poucos
países da América Latina que ainda mantêm o sistema de bandas
cambiais, pelo qual são fixados
diariamente um preço máximo e
mínimo dentro do qual podem oscilaras cotações do dólar. O Brasil
abandonou esse sistema em janeiro deste ano.
O alargamento da banda visa a tirar o país da pior crise econômica
que o país enfrenta desde 1930 e
combater o desemprego, que atinge 19,5% da População Economicamente Ativa.
O banco central colombiano chegou a vender US$ 285 milhões na
semana passada para conter o aumento do peso. O governo, porém,
resolveu desvalorizar a moeda para evitar maior rombo nas reservas
internacionais, que estão hoje em
US$ 8,9 bilhões.
"Nós não podemos continuar
enfrentando ataques especulativos
contra o peso sem provocar mais
sangria nas nossas reservas internacionais", disse o ministro da Fazenda colombiano, Juan Camilo
Restrepo, justificando a medida.
Em um ano, o peso chegou a perder 13% de seu valor.
O presidente colombiano, Andres Pastrana, anunciou na noite
de domingo uma série de medidas
para reduzir os gastos do governo.
A principal delas é o corte do funcionalismo público.
Por outro lado, o país ficou mais
rico depois que decidiu incluir o
cultivo ilegal de drogas no cálculo
do PIB (Produto Interno Bruto).
Com a nova metodologia, o total
de riquezas produzidas no país, em
1994, passou de US$ 57,9 bilhões
para US$ 67,5 bilhões.
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