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São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 2003

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Entidade relutou em apoiar o Real

DE WASHINGTON

O Independent Evaluation Office (IEO, cuja tradução é Escritório Independente de Avaliação) destaca em seu documento divulgado ontem que o FMI estava, desde o início, ""relutante" em apoiar o Plano Real com um programa de financiamento.
""De acordo com documentos internos, havia um ceticismo dentro do FMI de que o Plano Real pudesse ser capaz de reduzir a inflação de um modo sustentável. O FMI não acreditou que as medidas fiscais do plano fossem suficientes para produzir uma redução da inflação em 1994 e duvidou de sua sustentabilidade para além daquele ano", descreve trecho do relatório.
Segundo o IEO, entre as maiores preocupações do Fundo figuravam a resposta do governo às receitas fiscais em um ambiente sem inflação (as receitas subiam nominalmente, antes do Real, graças à inflação) e as incertezas em relação à sua capacidade de fazer aprovar reformas estruturais necessárias no Congresso.
Agora, o pessimismo também é motivo para um mea-culpa: ""Em retrospecto, o ceticismo do FMI em relação à capacidade do Plano Real parece não-fundamentado. Os ganhos antiinflacionários foram obtidos e sustentados durante um longo período, embora com uma deterioração fiscal muito maior do que a temida inicialmente pelo Fundo Monetário Internacional". (FCz)


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