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Entidade relutou em apoiar o Real
DE WASHINGTON
O Independent Evaluation Office (IEO, cuja tradução é Escritório
Independente de Avaliação) destaca em seu documento divulgado ontem que o FMI estava, desde
o início, ""relutante" em apoiar o
Plano Real com um programa de
financiamento.
""De acordo com documentos
internos, havia um ceticismo dentro do FMI de que o Plano Real
pudesse ser capaz de reduzir a inflação de um modo sustentável. O
FMI não acreditou que as medidas fiscais do plano fossem suficientes para produzir uma redução da inflação em 1994 e duvidou
de sua sustentabilidade para além
daquele ano", descreve trecho do
relatório.
Segundo o IEO, entre as maiores preocupações do Fundo figuravam a resposta do governo às
receitas fiscais em um ambiente
sem inflação (as receitas subiam
nominalmente, antes do Real,
graças à inflação) e as incertezas
em relação à sua capacidade de fazer aprovar reformas estruturais
necessárias no Congresso.
Agora, o pessimismo também é
motivo para um mea-culpa: ""Em
retrospecto, o ceticismo do FMI
em relação à capacidade do Plano
Real parece não-fundamentado.
Os ganhos antiinflacionários foram obtidos e sustentados durante um longo período, embora
com uma deterioração fiscal muito maior do que a temida inicialmente pelo Fundo Monetário Internacional".
(FCz)
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