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TRIBUTAÇÃO
Aplicações financeiras e diversos setores econômicos serão beneficiados; modernização de portos é prioridade
Governo debate tamanho dos incentivos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo já decidiu reduzir a
tributação para aplicações financeiras e determinados setores da
economia, como o portuário,
bens de capital, informática e softwares, segundo o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando
Furlan.
Após uma reunião de três horas
com o ministro Antonio Palocci
Filho (Fazenda), Furlan disse que
a discussão agora é sobre o tamanho dos benefícios.
"[Em relação a] Alguns temas
nós já tivemos razoável consenso,
mas que precisam ser quantificados", disse ele, informando que
terá novo encontro com Palocci
na quarta-feira da semana que
vem. "Muita coisa ficou bem encaminhada. Outras dependerão
de novos estudos", completou.
Um dos pontos em que já há
avanços consideráveis, segundo o
ministro, é a necessidade de criar
mecanismos para incentivar a
modernização dos portos. "Há
um consenso entre a Fazenda e as
outras áreas de que nós precisamos estimular investimentos nos
portos", disse.
O ministro disse também que o
governo ampliará a lista de bens
de capital que terão alíquotas reduzidas de IPI (Imposto sobre
Produtos Industrializados). No
início deste ano, o governo anunciou a redução do IPI para 648
produtos. Na ocasião, Furlan disse que a meta era zerar o IPI desses produtos até o final de 2006.
Segundo a Folha apurou, o cronograma de redução do IPI não
deverá ser antecipado, conforme
se especulou. O governo preferiu
estender o benefício a outros setores, no lugar de acelerar a diminuição do tributo.
Na reunião de hoje do CMN
(Conselho Monetário Nacional),
deverá ser aprovada a equalização
de juros (subsídio do Tesouro para possibilitar juros abaixo dos cobrados pelo mercado) para o Modermaq.
Essa linha de financiamento, direcionada para a compra de equipamentos por pequenas e médias
empresas, foi anunciada pelo governo no início do ano, mas ainda
precisa do aval do CMN para ser
implementada. Os recursos serão
emprestados pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social) a uma taxa fixa de 14,5% ao ano.
Ontem, o presidente da Fiesp,
Horacio Lafer Piva, reuniu-se
com o secretário de Política Econômica da Fazenda, Marcos Lisboa, para defender a desoneração
dos investimentos.
"A redução para ativos fixos [investimentos em máquinas] é um
mecanismo importante, que, inclusive, traz ânimo adicional para
que os empresários antecipem
suas decisões de investimentos."
O presidente da BM&F (Bolsa
de Mercadorias & Futuros), Manoel Felix Cintra Neto, também
aproveitou a discussão no governo sobre a redução de tributos para pedir menor carga de impostos
para as operações no mercado futuro.
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