São Paulo, Quinta-feira, 29 de Julho de 1999
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MAPPIN/MESBLA

Gradiente quer impedir arrendamento e lojas

da Reportagem Local

Com o objetivo de proteger os direitos dos credores das lojas de departamentos Mappin e Mesbla, que têm uma dívida total estimada em R$ 1,2 bilhão, o grupo Gradiente quer impedir o arrendamento de pontos comerciais dessas marcas por outros grupos varejistas.
Na semana passada, o juiz da 18ª Vara Cível de São Paulo, Luiz Giffoni Ferreira, acolheu uma medida cautelar proposta pelo grupo Gradiente contra a alienação de bens das redes Mappin e Mesbla.
Segundo o grupo Gradiente, os imóveis podem ser utilizados futuramente, num eventual processo de falência, como fonte de arrecadação para o pagamento das dívidas do Mappin e da Mesbla com seus credores.
O grupo Gradiente -credor de R$ 5 milhões do Mappin e responsável por 2 dos 300 pedidos de falência contra o Mappin que correm na 18ª Vara Cível- contesta a legalidade das negociações para a transferência do controle de lojas do Mappin e da Mesbla, por meio de contratos de arrendamento, para outras empresas do varejo.
O executivo João Paulo Amaral -contratado em abril pelo empresário Ricardo Mansur, controlador das duas marcas, para reestruturar as duas redes- concluiu as negociações para o arrendamento de dois pontos comerciais do Mappin em São Paulo (praça Ramos e Itaim) para o grupo Pão de Açúcar e da loja Mesbla de Belém (PA) para o grupo Yamada.
O presidente do grupo Gradiente, Eugênio Staub, informou ontem que não pretende se manifestar publicamente sobre a ação enquanto o caso estiver em andamento na Justiça.
De acordo com João Paulo Amaral, que qualifica de inócua a ação do grupo Gradiente, os contratos de arrendamento não significam venda de patrimônio e não podem ser contestados pelos credores que estão pedindo a falência do Mappin e da Mesbla.


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