DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O consultor Fábio Ramos, procurado por meio da assessoria de imprensa do Ministério de Minas e Energia, não quis dar entrevista. O ministro Francisco Gomide disse que ele não ocupa cargo no ministério.
"Os funcionários do ministério ocupam cargos aqui. Não é o caso desse senhor. Ele está como consultor e nós não perguntamos aos consultores se eles têm outras atividades", disse.
Gomide afirmou ainda não ver como possa haver conflito de interesse. "Certamente para ficar à disposição do ministério e ocupar um cargo de confiança a pessoa tem de tomar uma série de medidas nas suas outras atividades. Para ser nosso consultor não. Basta responder perguntas", afirmou o ministro.
A assessoria de imprensa do ministério também deu explicações sobre o caso. Informou que Ramos começou a trabalhar como consultor depois que os contratos com as usinas do seguro foram fechados pela CBEE. O ministério está estudando a viabilidade jurídica e financeira de contratá-lo.
A assessoria explicou que Ramos trabalha nos projetos do Comitê de Revitalização do Setor Elétrico. Dessa forma, não haveria possibilidade de vazamento de informações de decisões nessa área porque os itens com os quais o comitê trabalha são públicos.
Ainda de acordo com a assessoria, o ministério "requisitou" Ramos da Universidade Federal do Paraná, onde o consultor daria aulas. Ramos não tem vínculo com o ministério. No entanto, segundo a assessoria, há a possibilidade legal de ele ser um colaborador eventual. Dessa forma, o governo paga passagens e diárias.
A assessoria informou ainda que as resoluções assinadas pelo ministro e publicadas no "Diário Oficial" da União, indicando Ramos como sendo do ministério e coordenador de grupos de trabalho, serão republicadas e corrigidas.


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