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MERCADO FINANCEIRO
BC consegue iniciar rolagem de dívida cambial a taxas mais aceitáveis; risco-país cai mais 2%
Dólar cai 0,41%; Bolsa sobe, apesar dos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
O Banco Central conseguiu iniciar a rolagem de contratos de dívida cambial que vencem na segunda-feira, e os ânimos voltaram a se acalmar ontem nos negócios com o dólar. A moeda
americana caiu 0,41% e fechou
cotada a R$ 3,12.
O BC levou a leilão US$ 900 milhões em contratos de "swap"
cambial e conseguiu rolar mais de
60% desse valor. O "swap" cambial é uma espécie de seguro contra variações da moeda americana. As taxas ficaram em torno de
28% a 37%, dependendo do prazo
de cada lote ofertado -para outubro, novembro ou dezembro.
Na terça-feira, o BC havia tentado iniciar a rolagem, mas rejeitou
todas as propostas do mercado,
que pediu taxas superiores a 50%.
Em leilões como esse, o mercado pede o prêmio que desejar pelos papéis. Na avaliação dos analistas, o BC fez bem em recusar as
propostas no primeiro dia, pois,
dessa forma, conseguiu obter taxas mais aceitáveis ontem.
Não é possível a comparação
entre os leilões desta semana e os
realizados em meses anteriores.
As ofertas para os papéis obedecem a normas como o prazo e a
demanda pelos lotes. Além disso,
os níveis do dólar e do risco Brasil
pesam no cálculo das taxas. Ainda
assim, até terça-feira os juros mais
altos já pedidos pelo mercado em
leilões de "swap" cambial haviam
sido de cerca de 33%. O BC ofereceu US$ 100 milhões em linha externa, mas só vendeu US$ 42 milhões, à taxa de 4,1%.
Os indicadores financeiros continuaram positivos para o Brasil,
ontem. O risco-país, medido pelo
banco JP Morgan, caiu 2%, para
1.682 pontos. Agradaram aos investidores os resultados de pesquisas eleitoras que mostraram
um melhor desempenho de José
Serra (PSDB). Serra é o candidato
do governo e do mercado, por ser
associado à continuidade da atual
política econômica.
A Bovespa fechou com leve alta
de 0,07%, o que foi avaliado como
positivo, diante das baixas nos
EUA. O giro financeiro voltou à
média diária dos últimos meses,
ficando em R$ 561,383 milhões.
As ações da Embratel continuaram entre as maiores altas do dia,
diante da expectativa de que a
empresa já tenha encontrado um
comprador. O papel ordinário subiu 14,6%; o preferencial, 9,7%.
As projeções para os juros futuros continuaram em queda. Os
contratos para janeiro de 2003
passaram de 20,77% para 20,35%.
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