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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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O OTIMISTA

"Não somos a Casas Bahia", diz Extra

DA REPORTAGEM LOCAL

"A gente não é a Casas Bahia. Ganhamos no tráfego das lojas, porque não vendemos só eletrônicos. E ainda fechamos ações de promoção pesadas para trazer clientes para a loja". Quem afirma é Luiz Carlos Costa, 42, diretor de operações do Extra, ao ser informado de que a rede popular dos Klein está com vendas fracas.
Na tentativa de atrair consumidores, o Extra fecharia as portas à meia-noite de ontem para remarcar todos os preços na venda a prazo -que será feita em seis vezes sem juros no cartão da loja. Às 7h de hoje, as lojas seriam reabertas aos consumidores.
A meta é repetir desempenhos passados. Em agosto, por exemplo, a venda de eletrônico cresceu 20% em relação a julho. (AM)

Folha - O senhor acredita numa retomada no consumo nos próximos meses? Isso já está acontecendo no caso do Extra?
Luiz Carlos Costa -
Existe uma demanda reprimida em diferentes setores da economia. Mas ninguém sai correndo bater à sua porta porque quer comprar. Acho que aquele que estiver bem organizado, operando com taxas de juros competitivas e condições de pagamento facilitadas, tem chances de expandir as vendas nos próximos meses.
A questão é: a loja tem de ir atrás do cliente. Ficar esperando, não dá, mesmo que ocorra uma retomada.

Folha - Há redes, como a Casas Bahia que dizem que as vendas estão fracas, muito fracas. Isso está ocorrendo?
Costa -
A gente não é a Casas Bahia. Fechamos o mês de agosto com alta de 20% nas vendas de eletrônicos em relação a julho. É uma aumento considerável, pois ocorre num mercado que estava parado. A verdade é que um aumento na oferta de crédito, ou mesmo uma oferta mais barata, anima o consumidor. E é claro que a tendência a longo prazo é que ele responda a isso.

Folha - Vocês reduziram os juros com a queda recente nas taxas básicas (Selic)? Há espaço na rede para quedas no futuro?
Costa -
A redução tem sido feita aos poucos, mas de forma frequente. No cartão Extra, por exemplo, a taxa passou de 3,99% ao mês para 1,99% agora, num período de três meses. No crediário, também aconteceram quedas fortes. Novas reduções dependem do comportamento do mercado. Não dá para prometer nada.

Folha - Os últimos dois meses foram difíceis para as lojas. Como estão os resultados?
Costa -
No caso do Extra, crescemos mais de 26% em vendas no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Ao descontar a inflação, ainda existe um crescimento real.


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