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O OTIMISTA
"Não somos a Casas Bahia", diz Extra
DA REPORTAGEM LOCAL
"A gente não é a Casas Bahia.
Ganhamos no tráfego das lojas,
porque não vendemos só eletrônicos. E ainda fechamos ações de
promoção pesadas para trazer
clientes para a loja". Quem afirma
é Luiz Carlos Costa, 42, diretor de
operações do Extra, ao ser informado de que a rede popular dos
Klein está com vendas fracas.
Na tentativa de atrair consumidores, o Extra fecharia as portas à
meia-noite de ontem para remarcar todos os preços na venda a
prazo -que será feita em seis vezes sem juros no cartão da loja. Às
7h de hoje, as lojas seriam reabertas aos consumidores.
A meta é repetir desempenhos
passados. Em agosto, por exemplo, a venda de eletrônico cresceu
20% em relação a julho.
(AM)
Folha - O senhor acredita numa
retomada no consumo nos próximos meses? Isso já está acontecendo no caso do Extra?
Luiz Carlos Costa - Existe uma
demanda reprimida em diferentes setores da economia. Mas ninguém sai correndo bater à sua
porta porque quer comprar. Acho
que aquele que estiver bem organizado, operando com taxas de
juros competitivas e condições de
pagamento facilitadas, tem chances de expandir as vendas nos
próximos meses.
A questão é: a loja tem de ir atrás
do cliente. Ficar esperando, não
dá, mesmo que ocorra uma retomada.
Folha - Há redes, como a Casas
Bahia que dizem que as vendas estão fracas, muito fracas. Isso está
ocorrendo?
Costa - A gente não é a Casas Bahia. Fechamos o mês de agosto
com alta de 20% nas vendas de
eletrônicos em relação a julho. É
uma aumento considerável, pois
ocorre num mercado que estava
parado. A verdade é que um aumento na oferta de crédito, ou
mesmo uma oferta mais barata,
anima o consumidor. E é claro
que a tendência a longo prazo é
que ele responda a isso.
Folha - Vocês reduziram os juros
com a queda recente nas taxas básicas (Selic)? Há espaço na rede para quedas no futuro?
Costa - A redução tem sido feita
aos poucos, mas de forma frequente. No cartão Extra, por
exemplo, a taxa passou de 3,99%
ao mês para 1,99% agora, num período de três meses. No crediário,
também aconteceram quedas fortes. Novas reduções dependem do
comportamento do mercado.
Não dá para prometer nada.
Folha - Os últimos dois meses foram difíceis para as lojas. Como estão os resultados?
Costa - No caso do Extra, crescemos mais de 26% em vendas no
segundo trimestre em relação ao
mesmo período do ano passado.
Ao descontar a inflação, ainda
existe um crescimento real.
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