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A ÁGUIA VOA
Gastos militares devido à Guerra do Iraque impulsionam PIB no 2º trimestre; estimativa anterior apontava alta de 2,4%
Economia dos EUA surpreende e cresce 3,1%
DA REDAÇÃO
Enquanto a economia brasileira
patina, a americana dá sinais de
que deixou o mau momento para
trás. Com um reaquecimento no
consumo e nos negócios, mas
principalmente com o aumento
nos gastos militares devido à
Guerra do Iraque, o PIB (Produto
Interno Bruto) dos Estados Unidos foi revisado para cima.
Nos últimos quatro trimestres
encerrados em junho, a economia
americana cresceu 3,1% em relação aos quatro trimestres anteriores. A primeira estimativa dava
conta de um crescimento de 2,4%.
Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA.
A melhora reforça a crença de
que o crescimento econômico vai
se acelerar no segundo semestre
do ano. Na taxa anualizada dos
primeiros três meses de 2003, o
PIB americano havia apresentado
alta de apenas 1,4%, o mesmo resultado do trimestre anterior.
Otimistas
Economistas acreditam que o
segundo semestre deste ano vá
apresentar crescimento de 3,5% a
4%. Os mais otimistas apostam
em uma alta de até 5%. Em ambos
os cenários, o ritmo seria melhor
do que a taxa de crescimento do
primeiro semestre do ano, que foi
de 2,3%.
Os gastos com defesa ajudaram
as contas: cresceram 45,9% no segundo trimestre, o maior aumento desde o terceiro trimestre de
1951. A primeira estimativa do
PIB indicava que o aumento havia
sido de 44,1%.
Os gastos dos consumidores,
que respondem por dois terços da
economia dos Estados Unidos, tiveram alta de 3,8%, ante 3,3% da
primeira estimativa. Grande parte
se deve a gastos com bens de alto
valor, como carros e aplicações.
"Vemos uma boa história se
construindo nos bastidores", disse James E. Glassman, economista-sênior do banco americano JP
Morgan. "O que impressiona é a
força da demanda", completou.
Emprego em baixa
A má notícia vem da área de trabalho. Os pedidos novos de seguro-desemprego aumentaram para 349 mil na semana passada, divulgou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. São
3.000 pedidos a mais do que na semana anterior.
O governo do republicano
George W. Bush tenta, com um
pacote de corte de impostos, impulsionar a economia e criar empregos. Os democratas, oposição
ao governo, dizem que o corte
não melhora o mercado de trabalho e ainda aumenta o déficit federal, que pode chegar a mais de
US$ 400 bilhões já neste ano.
Com agências internacionais
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