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São Paulo, sexta-feira, 29 de agosto de 2003

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A ÁGUIA VOA

Gastos militares devido à Guerra do Iraque impulsionam PIB no 2º trimestre; estimativa anterior apontava alta de 2,4%

Economia dos EUA surpreende e cresce 3,1%

DA REDAÇÃO

Enquanto a economia brasileira patina, a americana dá sinais de que deixou o mau momento para trás. Com um reaquecimento no consumo e nos negócios, mas principalmente com o aumento nos gastos militares devido à Guerra do Iraque, o PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos foi revisado para cima.
Nos últimos quatro trimestres encerrados em junho, a economia americana cresceu 3,1% em relação aos quatro trimestres anteriores. A primeira estimativa dava conta de um crescimento de 2,4%. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento de Comércio dos EUA.
A melhora reforça a crença de que o crescimento econômico vai se acelerar no segundo semestre do ano. Na taxa anualizada dos primeiros três meses de 2003, o PIB americano havia apresentado alta de apenas 1,4%, o mesmo resultado do trimestre anterior.

Otimistas
Economistas acreditam que o segundo semestre deste ano vá apresentar crescimento de 3,5% a 4%. Os mais otimistas apostam em uma alta de até 5%. Em ambos os cenários, o ritmo seria melhor do que a taxa de crescimento do primeiro semestre do ano, que foi de 2,3%.
Os gastos com defesa ajudaram as contas: cresceram 45,9% no segundo trimestre, o maior aumento desde o terceiro trimestre de 1951. A primeira estimativa do PIB indicava que o aumento havia sido de 44,1%.
Os gastos dos consumidores, que respondem por dois terços da economia dos Estados Unidos, tiveram alta de 3,8%, ante 3,3% da primeira estimativa. Grande parte se deve a gastos com bens de alto valor, como carros e aplicações.
"Vemos uma boa história se construindo nos bastidores", disse James E. Glassman, economista-sênior do banco americano JP Morgan. "O que impressiona é a força da demanda", completou.

Emprego em baixa
A má notícia vem da área de trabalho. Os pedidos novos de seguro-desemprego aumentaram para 349 mil na semana passada, divulgou o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos. São 3.000 pedidos a mais do que na semana anterior.
O governo do republicano George W. Bush tenta, com um pacote de corte de impostos, impulsionar a economia e criar empregos. Os democratas, oposição ao governo, dizem que o corte não melhora o mercado de trabalho e ainda aumenta o déficit federal, que pode chegar a mais de US$ 400 bilhões já neste ano.


Com agências internacionais


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