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TELEFONE
Perda seria de R$ 200 milhões
Teles podem abrir mão de aumento retroativo
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
As empresas de telefonia fixa
acenaram para o governo a possibilidade de abrirem mão da retroatividade do reajuste das tarifas de telefonia, no caso de a Justiça determinar a volta do IGP-DI
(calculado pela FGV) para o aumento dessas tarifas.
De acordo com o que a Folha
apurou, as empresas deixariam
de arrecadar cerca de R$ 200 milhões com a decisão de abrir mão
da retroatividade.
Na quarta-feira à noite, o STJ
(Superior Tribunal de Justiça)
derrubou as liminares que determinavam que os reajustes na telefonia fixa fossem feitos pelo IPCA.
No governo, já é dado praticamente como certo que a Justiça
determine o IGP-DI como índice
para servir de base para o reajuste
das tarifas de telefonia.
O IGP-DI foi o índice autorizado pela Anatel (Agência Nacional
de Telecomunicações) no final de
junho para o reajuste da telefonia,
mas foi contestado na Justiça por
associações de consumidores.
Essas associações conseguiram
algumas liminares determinando
que os reajustes das tarifas fossem
feitos pelo IPCA (calculado pelo
IBGE). Com isso, os aumentos da
telefonia variaram de 6,04% a
23,95%. Pelo IGP-DI, esses reajustes seriam de 10,74% a 41,75%.
Caso a Justiça opte pelo IGP-DI,
as empresas de telefonia terão direito a cobrar retroativamente essa diferença, mas elas já informaram ao governo que irão abrir
mão desse direito.
Sobre a decisão do STJ, o ministro Miro Teixeira (Comunicações) disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que "decisão
da Justiça se cumpre. Vamos
aguardar, agora, a decisão".
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