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PREVISÕES
Mercado está mais pessimista com economia
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O mercado financeiro está
mais pessimista em relação
ao desempenho da economia
no ano que vem. As projeções
de crescimento para 2007 foram reduzidas de 3,70% para
3,50%, depois de 19 semanas
de estabilidade na pesquisa
semanal feita pelo Banco
Central (BC).
O PIB (Produto Interno
Bruto) previsto para 2006
também foi reduzido pela
terceira semana consecutiva.
O mercado financeiro apostava num crescimento de
3,53% na semana passada e
reviu o percentual para
3,50% na pesquisa divulgada
ontem.
Essa mudança no humor
coloca as expectativas do
mercado financeiro definitivamente em desalinho com a
projeção oficial. A expectativa do governo é de um crescimento de 4% em 2006, para
uma meta de inflação de
4,5%.
Mas é possível que a própria equipe econômica fique
mais conservadora em relação ao desempenho da economia neste ano. A divulgação do PIB do segundo semestre, que será feita na
quinta-feira, deverá ficar
abaixo do esperado por causa
do fraco desempenho da produção industrial de junho.
O ajuste nas projeções oficiais será feito no final de setembro, quando for divulgado o próximo relatório de inflação. O material do Banco
Central vai incorporar dados
sobre o que aconteceu de fato na economia no primeiro
semestre e, com isso, pode
haver queda na taxa de crescimento esperada, por exemplo.
A expectativa do mercado
financeiro para a queda dos
juros se manteve inalterada.
Amanhã, o Copom decidirá
se reduz a taxa Selic, hoje em
14,75% ao ano. O mercado
espera que haja um corte de
0,25 ponto percentual nesta
semana e o percentual alcance 14% ao ano, em dezembro.
Para isso, será necessário
que o Banco Central reduza a
Selic nesta mesma magnitude nas reuniões de outubro e
novembro.
A inflação esperada de
acordo com a pesquisa do BC
também é inferior à meta do
governo. O IPCA, índice usado como meta pelo governo,
fechará o ano em 3,68%, segundo as projeções. É a segunda queda consecutiva
dessas previsões. Para 2007,
as expectativas continuam
apontando para inflação de
4,5% ao ano, exatamente a
meta fixada pelo governo.
Inflação em SP
A inflação do município de
São Paulo desacelerou pela
segunda semana consecutiva
e registrou taxa de 0,12% nos
últimos 30 dias até 23 de
agosto, segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor)
da Fipe (Fundação Instituto
de Pesquisas Econômicas, da
Universidade de São Paulo).
Na divulgação da semana
anterior, o IPC-Fipe havia
apontado variação positiva
de 0,18% e, na primeira semana do mês, de 0,25%.
A redução da inflação na
cidade se deu por conta,
principalmente, da queda
nos preços relacionados à
habitação e ao vestuário e da
desaceleração na alta verificada em alimentação e transportes.
Colaborou IVONE PORTES, da Folha Online
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