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Confiança do consumidor para o futuro cresce em agosto, diz FGV
Índice sobre a situação atual, porém, cai ao menor nível desde o início da série
DA SUCURSAL DO RIO
A confiança do consumidor
cresceu pelo segundo mês seguido em agosto, com expansão
de 0,7%, puxada pelo otimismo
dos consumidores de renda
mais baixa (até R$ 2.100). São
Paulo e Brasília foram as capitais mais otimistas.
A confiança do consumidor é
medida por um indicador que
vai de 0 a 200. Quanto mais
próximo de 0, maior o pessimismo. Em agosto, o índice
atingiu 104,1 nas expectativas
para o futuro, com variação de
2,5%. Em compensação, a avaliação sobre a situação atual recuou 2,9% e atingiu 99,7, o menor patamar da série iniciada
em setembro de 2005.
"A avaliação sobre a situação
atual ainda é afetada pela turbulência no ambiente político e
por uma avaliação não tão favorável sobre o mercado de trabalho", afirmou Aloisio Campelo,
coordenador da pesquisa.
O indicador sobre a situação
financeira familiar recuou 3,7%
de julho para agosto e ficou em
99,1. Apesar disso, o consumidor estima que nos próximos
seis meses conseguirá equilibrar as finanças: houve aumento de 6,8% no indicador.
A disposição dos investidores
para comprar bens duráveis,
como móveis e eletrodomésticos, recuou 5,3%. O número de
consumidores que conseguiram poupar no fim do mês caiu
de 14,6% para 12,8%. "Os dados
dos últimos meses mostram
que houve aumento da inadimplência e explosão da oferta de
crédito", afirmou Campelo.
A confiança cresceu mais entre os de renda mais baixa, de
até R$ 2.100, e passou de 103,8
para 107,9. A classe de renda intermediária (de R$ 4.800 a R$
9.600) recuou de 108 para
105,8. "A política econômica
possibilita que as melhoras sejam mais percebidas pelas classes mais baixas", disse.
Para 61% dos consumidores,
o resultado da eleição pode alterar a perspectiva de crescimento. A pesquisa mostra que
o investidor espera que a economia ganhe fôlego nos próximos cinco anos. Para 54,3%, a
economia deve crescer mais.
(JANAINA LAGE)
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