São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Avanço da Ásia não refletiu na renda, diz OIT

Número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 na região diminuiu, mas são dois terços do total mundial

DA REDAÇÃO

Os altos índices de crescimento do Leste Asiático não proporcionaram melhores salários e condições de trabalho nem a criação de melhores empregos, segundo estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho).
De acordo com o relatório, a região, que inclui China, Mongólia, Coréia do Norte, Coréia do Sul e Taiwan, teve o maior crescimento econômico mundial dos últimos anos. No entanto, especialmente no caso chinês, o avanço da economia não se traduziu em novos empregos e melhora de salário.
O PIB (Produto Interno Bruto) da China subiu 59%, e o aumento de produtividade, cerca de 40%, entre 2000 e 2004. Nesse mesmo período, o surgimento de novas vagas no mercado de trabalho cresceu aproximadamente 5%.
"Se os países do Leste Asiático quiserem ter um crescimento econômico sustentável, eles precisam garantir um equilíbrio entre produtividade e aumento das vagas de trabalho", disse o analista da OIT para a região Gyorgy Sziraczki.
Ainda de acordo com o mesmo estudo, o crescimento de China e Índia foi o principal responsável pela diminuição do número de pessoas que vivem com menos de US$ 1 por dia na Ásia. Desde 1990, 250 milhões de pessoas do continente melhoram suas condições de vida.
Ainda assim, mais de dois terços (600 milhões) das pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza -US$ 1 diário- moram na Ásia. Caso o valor fosse aumentado para US$ 2, cerca de 1,9 bilhão moraria na região -três quartos do total.


Com agências internacionais

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