São Paulo, terça-feira, 29 de agosto de 2006

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Semente recua no Sul, mas não no Centro-Oeste

DA REDAÇÃO

O custo das sementes deve recuar no Sul. A saca segue os preços do grão, que estão em patamares menores neste ano, segundo o analista José Pitoli. O mesmo não ocorre em algumas áreas do Centro-Oeste. O clima afetou a produção de sementes, e parte da demanda está sendo suprida com produto vindo da Bahia.
Os preços dos fertilizantes também caem, na avaliação de Pitoli. A R$ 640 no Paraná no ano passado, a tonelada do insumo está a R$ 570 neste ano. No Centro-Oeste, devido à interrupção no fornecimento de fertilizantes no período de estradas fechadas e protestos dos produtores, a queda de preços pode ser menos acentuada.
O dólar provocou queda, também, nos preços dos agroquímicos (inseticidas, fungicidas e herbicidas). Já o avanço no uso de sementes transgênicas pode não trazer alívio. Com a demanda maior, os preços do glifosato, ao contrário do dos outros agroquímicos, sofrem pressão por parte das indústrias, diz Carlos Freitas, produtor de Mato Grosso do Sul.
Mesmo que os custos menores de produção se confirmem, a safra a ser plantada neste verão deverá ser menor do que a anterior. Em algumas áreas da fronteira agrícola, o plantio deve ser abandonado e os agricultores que vão plantar dizem que utilizarão menos adubos e outros insumos. (MZ)


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