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Ata do Fed e dados da economia americana intensificam perdas
DA REDAÇÃO
A ata da última reunião do
Fomc (o comitê de política monetária do Fed, o BC dos EUA),
no dia 7, mostra que o organismo estava preocupado com as
condições do mercado imobiliário -e seus efeitos na economia- e estudava tomar medidas para minimizar seu impacto. E dois dados divulgados ontem apontam que o cenário para a economia americana sofre
deterioração.
Na ata, o Fed diz que esperava que o mercado de crédito
imobiliário, especialmente o de
"subprime" (de alto risco), voltasse ao normal, mas que, se começasse a afetar o crescimento
econômico, poderia agir.
Dez dias depois, com o mercado global em queda aguda
com as notícias de problemas
no mercado imobiliário dos
EUA, o Fed cortou 0,50 ponto
percentual, para 5,75%, da taxa
de redesconto, cobrada nos
empréstimos aos bancos.
Já dados divulgados ontem
mostram preocupação dos consumidores americanos com a
situação da economia. O índice
de otimismo do consumidor do
instituto privado Conference
Board caiu para 105 pontos em
agosto, ante 111,9 em julho, seu
maior declínio desde o furacão
Katrina, em setembro de 2005.
O dado é acompanhado com
atenção por economistas, já
que os gastos do consumidor
representam dois terços da atividade econômica do país. Já o
preço das casas caiu 3,2% no segundo trimestre ante o mesmo
período de 2006, a maior queda
desde 1987, quando o índice começou a ser compilado.
O encontro do Fed aconteceu
dois dias antes de as Bolsas
mundiais sofrerem fortes quedas, iniciadas após o banco
francês BNP Paribas ter congelado fundos ligados ao setor de
crédito imobiliário americano,
o que obrigou BCs de vários
países, como EUA, Japão e Europa, a injetar bilhões nos mercados para elevar a liquidez.
O documento do Fed cita, pela terceira vez seguida, o Brasil.
Diz apenas que o país teve "aparentemente" um sólido crescimento no segundo trimestre.
Leia ata do Fed (em inglês)
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