São Paulo, quarta-feira, 29 de agosto de 2007

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Ata do Fed e dados da economia americana intensificam perdas

DA REDAÇÃO

A ata da última reunião do Fomc (o comitê de política monetária do Fed, o BC dos EUA), no dia 7, mostra que o organismo estava preocupado com as condições do mercado imobiliário -e seus efeitos na economia- e estudava tomar medidas para minimizar seu impacto. E dois dados divulgados ontem apontam que o cenário para a economia americana sofre deterioração.
Na ata, o Fed diz que esperava que o mercado de crédito imobiliário, especialmente o de "subprime" (de alto risco), voltasse ao normal, mas que, se começasse a afetar o crescimento econômico, poderia agir.
Dez dias depois, com o mercado global em queda aguda com as notícias de problemas no mercado imobiliário dos EUA, o Fed cortou 0,50 ponto percentual, para 5,75%, da taxa de redesconto, cobrada nos empréstimos aos bancos.
Já dados divulgados ontem mostram preocupação dos consumidores americanos com a situação da economia. O índice de otimismo do consumidor do instituto privado Conference Board caiu para 105 pontos em agosto, ante 111,9 em julho, seu maior declínio desde o furacão Katrina, em setembro de 2005. O dado é acompanhado com atenção por economistas, já que os gastos do consumidor representam dois terços da atividade econômica do país. Já o preço das casas caiu 3,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2006, a maior queda desde 1987, quando o índice começou a ser compilado.
O encontro do Fed aconteceu dois dias antes de as Bolsas mundiais sofrerem fortes quedas, iniciadas após o banco francês BNP Paribas ter congelado fundos ligados ao setor de crédito imobiliário americano, o que obrigou BCs de vários países, como EUA, Japão e Europa, a injetar bilhões nos mercados para elevar a liquidez.
O documento do Fed cita, pela terceira vez seguida, o Brasil. Diz apenas que o país teve "aparentemente" um sólido crescimento no segundo trimestre.


Leia ata do Fed (em inglês)

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