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Trabalhadores vão pedir mudanças na lei do FGTS
Meta é evitar novas perdas na correção das contas
MARCOS CÉZARI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os trabalhadores vão pedir
ao governo alterações na lei para evitar maiores perdas na correção do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
Ontem, ao menos duas centrais
sindicais manifestaram essa intenção com base em pesquisa
do Instituto FGTS Fácil, que
aponta perdas de 28,7% nas
contas do fundo entre fevereiro
de 1991 e julho deste ano. Os dados da pesquisa foram publicados na Folha de sábado.
A diferença de quase 29% em
relação ao INPC provocou perdas de R$ 46 bilhões ao patrimônio dos trabalhadores. A
perda é resultante da correção
das contas do fundo pela TR
mais 3% de juros ao ano. A poupança, por exemplo, rende TR
mais 6,17% ao ano.
O presidente da UGT (União
Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, solicitou audiência com o presidente Lula para
apresentar propostas de mudança na lei que regulamenta o
fundo. Segundo a assessoria de
imprensa da UGT, a audiência,
que ainda será confirmada pelo
Gabinete da Presidência, está
sendo agendada para os dias 3
ou 5 de setembro próximo.
Patah diz que a sociedade
merece uma explicação sobre
as perdas ao patrimônio dos
trabalhadores. "O dinheiro do
trabalhador deve ser administrado de outra forma. Não podemos aceitar a justificativa de
que a correção das contas obedece ao disposto na lei."
Também com base na pesquisa, o departamento jurídico
da Confederação Nacional dos
Trabalhadores Metalúrgicos
analisa uma forma de solicitar
a troca da TR por outro índice
para evitar novas perdas. A entidade não descarta recorrer à
Justiça. Segundo Eleno Bezerra, presidente da confederação,
"é preciso definir um índice, de
preferência o INPC do IBGE,
para a correção dos saldos do
FGTS e fazer com que cessem
essas perdas constantes".
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