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BNDES poderá financiar 100% das obras do Madeira
Previstas no PAC, usinas estão orçadas em US$ 10 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social),
Luciano Coutinho, disse ontem
que a instituição tem condições
de prover integralmente o financiamento para as obras das
usinas hidrelétricas de Santo
Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia.
Incluído no PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), o empreendimento tem
custo estimado em US$ 10 bilhões -cerca de R$ 20 bilhões.
"O BNDES tem condições de
assegurar esse financiamento",
disse Coutinho, durante exposição na Comissão de Assuntos
Econômicos do Senado. "No limite, o BNDES pode financiar
o projeto inteiro."
O economista repetiu, porém, que não é esse o cenário
com o qual o banco trabalha. O
mais provável, avaliou, é que
um grupo de bancos privados,
liderados pelo BNDES, empreste o dinheiro para a obra.
Outra possibilidade, de acordo com Coutinho, é a instituição, por meio de sua subsidiária
BNDESPar, associar-se aos
vencedores das licitações para
a construção das usinas -a de
Santo Antônio está marcada
para 30 de outubro próximo, e a
de Jirau, para março de 2008.
O consórcio formado pela
empreiteira Norberto Odebrecht e a estatal Furnas é o favorito no primeiro leilão -e,
segundo especialistas, o vitorioso estará em posição privilegiada para fazer a melhor oferta
no segundo leilão. A concorrente provável é a construtora
Camargo Corrêa, que também
procura uma parceria estatal.
A oferta de financiamento e
parceria do BNDES foi a forma
encontrada pelo governo de estimular a competição no processo. Segundo Coutinho, o financiamento e a sociedade no
projeto não são alternativas excludentes entre si.
A segunda hipótese, afirmou,
dependerá do interesse do grupo vencedor da licitação.
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