São Paulo, quarta-feira, 29 de agosto de 2007

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BNDES poderá financiar 100% das obras do Madeira

Previstas no PAC, usinas estão orçadas em US$ 10 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, disse ontem que a instituição tem condições de prover integralmente o financiamento para as obras das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia.
Incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o empreendimento tem custo estimado em US$ 10 bilhões -cerca de R$ 20 bilhões. "O BNDES tem condições de assegurar esse financiamento", disse Coutinho, durante exposição na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. "No limite, o BNDES pode financiar o projeto inteiro."
O economista repetiu, porém, que não é esse o cenário com o qual o banco trabalha. O mais provável, avaliou, é que um grupo de bancos privados, liderados pelo BNDES, empreste o dinheiro para a obra.
Outra possibilidade, de acordo com Coutinho, é a instituição, por meio de sua subsidiária BNDESPar, associar-se aos vencedores das licitações para a construção das usinas -a de Santo Antônio está marcada para 30 de outubro próximo, e a de Jirau, para março de 2008.
O consórcio formado pela empreiteira Norberto Odebrecht e a estatal Furnas é o favorito no primeiro leilão -e, segundo especialistas, o vitorioso estará em posição privilegiada para fazer a melhor oferta no segundo leilão. A concorrente provável é a construtora Camargo Corrêa, que também procura uma parceria estatal.
A oferta de financiamento e parceria do BNDES foi a forma encontrada pelo governo de estimular a competição no processo. Segundo Coutinho, o financiamento e a sociedade no projeto não são alternativas excludentes entre si.
A segunda hipótese, afirmou, dependerá do interesse do grupo vencedor da licitação.


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