São Paulo, Quarta-feira, 29 de Setembro de 1999
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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa acompanha ritmo de NY e recua

da Reportagem Local

A Bolsa de Nova York pregou um susto nos mercados acionários de todo o mundo ontem.
Ela abriu em queda acentuada, que chegou a 222 pontos. Na parte final do pregão, reduziu a desvalorização e fechou com queda de 0,27% (27,86 pontos).
A Bolsa de Valores de São Paulo trabalhou colada ao desempenho da norte-americana. Chegou a apresentar recuo de 1,97%, mas também se recuperou, fechando com queda de 0,86%.
Anteontem, a Bolsa de Nova York havia apresentado alta, depois de quatro dias consecutivos de desvalorização. A tendência não foi seguida ontem.
A descoberta de um campo de exploração de petróleo gigantesco no Irã provocou queda acentuada no valor de companhias petrolíferas norte-americanas. A Exxon Corp., por exemplo, caiu quase 1% na abertura do pregão.
Outro fator de nervosismo para a Bolsa foi a divulgação de um relatório da Prudential Securities, que avaliou em até 70% as chances de o índice Dow Jones (reúne as 30 ações mais negociadas em Nova York) recuar para a faixa de 8.900 a 9.200 pontos até o final do ano. Atualmente, o Dow Jones está na casa de 10.200 pontos.
A possibilidade de uma queda maior na Bolsa (que estaria com preços sobrevalorizados) acrescentou nervosismo ao mercado.
A Bovespa acompanhou o humor. "O dia inteiro ficou colado, acompanhando os EUA", disse o analista Gabriel Coutinho Jafet, da Oryx Asset Management.
Para Álvaro Augusto de Freitas Vidigal, gerente de operações da corretora Socopa, a possibilidade de a Bolsa de Nova York recuar até 8.900 pontos é remota.
Mas a tendência de queda pode se prolongar por alguns dias. "Se começar um movimento de baixa, não tem como segurar. A composição da Bolsa de lá é muito mais complexa, tem muita pessoa física", disse.
Para operadores, no entanto, o baixo preço das ações brasileiras em dólar impede que a Bovespa caia muito (o preço dos papéis já está atrativo o suficiente para investidores, principalmente estrangeiros).
Apesar da queda de ontem, não houve uma forte tendência vendedora no pregão.
(MARCELO DIEGO)


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