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COMBUSTÍVEIS
Novo poço tem 26 bilhões de barris e é 36 vezes maior do que o campo brasileiro da bacia de Santos
Irã descobre megacampo de petróleo
das agências internacionais
O Irã anunciou ontem a descoberta de um megacampo de petróleo na região sudeste do país. O
campo, de acordo com estimativas iniciais, possui reservas de 26
bilhões de barris de petróleo, o
que equivale ao total das reservas
chinesas e 80% das norte-americanas.
O novo poço iraniano é 36 vezes
maior que o "megacampo" brasileiro, descoberto na bacia geológica de Santos, que tem potencial de
extração entre 600 milhões e 700
milhões de barris.
"Esta reserva é a principal descoberta do país nos últimos 35
anos", disse o ministro da Energia
iraniano, Bijan Namdar-Zangheneh.
A reserva se localiza ao redor da
cidade de Ahvaz, próximo à fronteira com o Iraque. O megacampo
tem superfície total de 520 km
quadrados e foi batizado de "Azadegan" ("Os Libertados"), em homenagem aos ex-prisioneiros de
guerra iranianos que foram capturados pelas tropas iraquianas
durante o conflito entre os dois
países nos anos 80.
As reservas iranianas comprovadas são de 93,7 bilhões de barris. As brasileiras são estimadas
em 17 bilhões de barris, dos quais
8,8 bilhões são comprovados.
O Irã é o quatro maior produtor
de petróleo do mundo e o segundo maior exportador dentro da
Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo) -o
maior é a Arábia Saudita.
Além do petróleo, a economia
iraniana também vive da exploração de gás natural -possui a segunda maior reserva do mundo- e da produção de pistache e
tâmara.
O governo iraniano tem procurado ampliar esforços para atrair
investimentos externos, principalmente para o setor petrolífero.
O país precisa de recursos para
modernizar e expandir sua produção para atender a um eventual
aumento da demanda por petróleo no mundo, como já vem acontecendo na Ásia.
As petrolíferas francesas TotalFina e Elf -que formalizaram
neste mês um acordo de fusão-
e a italiana Eni já conseguiram entrar no mercado iraniano investindo, desde 1997, o equivalente a
US$ 3 bilhões para desenvolver
projetos de exploração no país.
O governo iraniano ainda estuda 40 outros projetos de petrolíferas internacionais -entre elas a
espanhola Repsol e a Royal
Dutch/Shell Group.
As petrolíferas norte-americanas estão proibidas de realizar investimentos no Irã e na Líbia
-países que os EUA consideram
terroristas- desde 1996. O embargo é similar ao imposto pela
Lei Helms-Burton, contra Cuba.
Qualquer empresa dos EUA
que realizar investimentos superiores a US$ 50 milhões nesses
países sofre sanções.
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