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IGP-M deste mês cai para 1,16%
DA SUCURSAL DO RIO
O susto inflacionário de agosto
não se repetiu em setembro. O
IGP-M, índice que serve para reajustar tarifas de energia elétrica,
contratos de aluguéis e títulos públicos, caiu para 1,16%, contra
2,39% de agosto.
A inflação de setembro também
está menor do que a do mesmo
mês do ano passado (1,45%) e só
não caiu mais porque ainda traz
resquícios do aumento dos combustíveis de agosto, segundo Paulo Cota, chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, responsável pelo cálculo.
No ano, a taxa acumula alta de
8,53% e, nos últimos 12 meses, de
15,06%. A desaceleração do IGP-M tende a prosseguir, diz a FGV.
A previsão é que o índice feche o
ano entre 9% e 10%, metade do
registrado em 99 (20,1%).
Para o analista da FGV, a acomodação no preço internacional
do barril de petróleo torna remota
a possibilidade de os combustíveis serem reajustados no Brasil.
O economista Carlos Thadeu de
Freitas, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, acha
que o IGP-M irá cair, mas num
ritmo mais lento do que o esperado para os demais indicadores de
inflação, por sofrer mais com a alta do dólar.
Segundo o economista, o barril
de petróleo caro mantém a desconfiança de que os combustíveis
podem ser reajustados. Para se
defender do impacto inflacionário que o possível aumento da gasolina traria, o mercado compra
dólar, forçando a cotação da moeda para cima e alimentando as
pressões sobre o IGP-M.
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