São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2000

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IGP-M deste mês cai para 1,16%

DA SUCURSAL DO RIO

O susto inflacionário de agosto não se repetiu em setembro. O IGP-M, índice que serve para reajustar tarifas de energia elétrica, contratos de aluguéis e títulos públicos, caiu para 1,16%, contra 2,39% de agosto.
A inflação de setembro também está menor do que a do mesmo mês do ano passado (1,45%) e só não caiu mais porque ainda traz resquícios do aumento dos combustíveis de agosto, segundo Paulo Cota, chefe do Centro de Estudos de Preços da FGV, responsável pelo cálculo.
No ano, a taxa acumula alta de 8,53% e, nos últimos 12 meses, de 15,06%. A desaceleração do IGP-M tende a prosseguir, diz a FGV. A previsão é que o índice feche o ano entre 9% e 10%, metade do registrado em 99 (20,1%).
Para o analista da FGV, a acomodação no preço internacional do barril de petróleo torna remota a possibilidade de os combustíveis serem reajustados no Brasil.
O economista Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, acha que o IGP-M irá cair, mas num ritmo mais lento do que o esperado para os demais indicadores de inflação, por sofrer mais com a alta do dólar.
Segundo o economista, o barril de petróleo caro mantém a desconfiança de que os combustíveis podem ser reajustados. Para se defender do impacto inflacionário que o possível aumento da gasolina traria, o mercado compra dólar, forçando a cotação da moeda para cima e alimentando as pressões sobre o IGP-M.



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