São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CÚPULA DO ÓLEO
Reunião termina com pedido para que países cortem impostos; preços do óleo recuam em Londres e em NY
Opep promete preço justo; sauditas podem elevar oferta

DA REDAÇÃO

Os preços do petróleo caíram em Londres e em Nova York depois que a Arábia Saudita, o maior produtor mundial, disse que teria condições de elevar a oferta até o óleo atingir valores estáveis.
Os preços também recuaram devido à mensagem de boas intenções que a Opep divulgou no fim da reunião, na qual indicou que "lutaria por preços justos para os consumidores".
"O Reino da Arábia Saudita está pronto para aumentar a sua produção, na quantidade que for necessária, para estabilizar os preços do petróleo", disse o príncipe saudita Abdullah Bin Abdel Aziz a um jornal de seu país.
Abdullah participava do encontro de cúpula da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que terminou ontem em Caracas, na Venezuela.

Preços caem
Em Nova York, o barril de petróleo para venda em novembro fechou em queda de US$ 1,12, a US$ 30,34.
Em Londres, o barril de petróleo brent (referência internacional) para venda em novembro encerrou o dia a US$ 29,80, com perda de US$ 0,74.

Carta de intenções
A Opep encerrou o encontro de cúpula, que durou dois dias, com poucos avanços concretos para deter a escalada de preços do petróleo.
A organização se comprometeu a abrir um diálogo com os países consumidores "a fim de acalmar o mercado". A Opep também pediu que cada país alivie a carga tributária que incide sobre os combustíveis, propondo uma ação conjunta em benefício do consumidor final.
A reunião entre os países consumidores e os produtores de petróleo foi confirmada para o dia 17 de novembro na Arábia Saudita.
No final do encontro, os 11 países-membros da Opep se comprometeram a realizar reuniões de cúpula periódicas para discutir a estabilidade mundial dos preços do óleo e o papel da organização.
"Devemos nos reunir a cada cinco anos", disse Hugo Chávez, presidente da Venezuela e um dos entusiastas do encontro.

Alta da oferta
A Opep não discutiu nova alta na produção do petróleo. Alí Rodríguez, presidente do cartel, disse que os exportadores aguardarão o resultado do aumento da oferta em 800 mil barris diários, que acontecerá a partir da próxima semana.


(Com agências internacionais)


Texto Anterior: Herança dos planos: Pagar FGTS já custa R$ 13,3 bi, diz consultor
Próximo Texto: Habitação: Caixa perdoa dívidas de 227 mil famílias
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.