São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

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MERCOSUL

Uruguai desiste de tratado de livre comércio com os EUA

DA REDAÇÃO

O Uruguai descartou fazer um TLC (Tratado de Livre Comércio) com os Estados Unidos, mas vai negociar um anexo ao tratado de investimentos entre os países, disse ontem o presidente do país, Tabaré Vázquez.
O novo acordo deve ser menos ambicioso que um TLC, para o qual o Uruguai teria que ter autorização do Mercosul. Pelas regras do bloco, os países têm que negociar acordos comerciais em conjunto. Esse caminho "não machuca o coração do Mercosul, já que os aspectos tarifários ficam separados", disse Vázquez.
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que exerce a presidência "pro tempore" (rotativa) do Mercosul, havia autorizado o Uruguai a negociar o acordo com Washington, desde que não houvesse alterações na TEC (Tarifa Externa Comum).

"Fast track"
O anexo ao tratado de investimento tem o objetivo de melhorar o comércio entre os países, segundo Vázquez. O Uruguai rejeitou a proposta dos EUA de fazer um acordo comercial pelo "fast track" -modalidade na qual o presidente dos EUA, George W. Bush, negocia os termos do acordo, que pode ser aprovado ou rejeitado pelo Congresso, que não pode fazer alterações.
"Esse tratado pela via rápida não nos permitiria analisar os temas distintos para chegar a um acordo", disse Vázquez. A inclusão de um anexo no tratado de investimentos não exigiria aprovação do Congresso norte-americano, de acordo com o presidente uruguaio.
"Uma vez alcançados esses acordos comerciais [para cada tipo de produto] se faz um tratado comercial, que não é um TLC, que dá preferência para os produtos que o Uruguai destina ao mercado norte-americano", disse Vázquez. "Um tratado assim é 100% realizável. Em um ano estaríamos em condições de assiná-lo."


Com agências internacionais

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