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MERCOSUL
Uruguai desiste de tratado de livre comércio com os EUA
DA REDAÇÃO
O Uruguai descartou fazer
um TLC (Tratado de Livre
Comércio) com os Estados
Unidos, mas vai negociar um
anexo ao tratado de investimentos entre os países, disse
ontem o presidente do país,
Tabaré Vázquez.
O novo acordo deve ser
menos ambicioso que um
TLC, para o qual o Uruguai
teria que ter autorização do
Mercosul. Pelas regras do
bloco, os países têm que negociar acordos comerciais
em conjunto. Esse caminho
"não machuca o coração do
Mercosul, já que os aspectos
tarifários ficam separados",
disse Vázquez.
O presidente brasileiro,
Luiz Inácio Lula da Silva, que
exerce a presidência "pro
tempore" (rotativa) do Mercosul, havia autorizado o
Uruguai a negociar o acordo
com Washington, desde que
não houvesse alterações na
TEC (Tarifa Externa Comum).
"Fast track"
O anexo ao tratado de investimento tem o objetivo de
melhorar o comércio entre
os países, segundo Vázquez.
O Uruguai rejeitou a proposta dos EUA de fazer um acordo comercial pelo "fast
track" -modalidade na qual
o presidente dos EUA, George W. Bush, negocia os termos do acordo, que pode ser
aprovado ou rejeitado pelo
Congresso, que não pode fazer alterações.
"Esse tratado pela via rápida não nos permitiria analisar os temas distintos para
chegar a um acordo", disse
Vázquez. A inclusão de um
anexo no tratado de investimentos não exigiria aprovação do Congresso norte-americano, de acordo com o
presidente uruguaio.
"Uma vez alcançados esses
acordos comerciais [para cada tipo de produto] se faz um
tratado comercial, que não é
um TLC, que dá preferência
para os produtos que o Uruguai destina ao mercado norte-americano", disse Vázquez. "Um tratado assim é
100% realizável. Em um ano
estaríamos em condições de
assiná-lo."
Com agências internacionais
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