São Paulo, sexta-feira, 29 de setembro de 2006

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Bancários ampliam paralisação no país

Greve atinge hoje Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte; comando nacional e oposição travam disputa

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A greve dos bancários se amplia a partir de hoje para Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte, à revelia da orientação do Comando Nacional dos Bancários, formado para representar a categoria na campanha salarial deste ano.
O comando defende assembléias na quarta para aprovar greve por tempo indeterminado a partir de quinta, caso bancos e sindicato não cheguem a um acordo até terça, quando ocorre nova reunião.
Vários sindicatos, entretanto, decidiram entrar em greve desde anteontem por tempo indeterminado. Estão parados bancários de Florianópolis, Salvador, Rio, MA, RN e PE. Juntas, essas regiões reúnem 20 mil. No país, são 400 mil.
Em Belo Horizonte, a greve será por 24 horas. Na segunda, há nova assembléia, e na terça pode haver greve por tempo indeterminado. No Maranhão, o sindicato pediu a "destituição" do comando nacional por avaliar que há "evidências de descompromisso" com os trabalhadores. Uma delas seria a disposição imediata dos funcionários de entrar em greve.
No Rio, 80% dos bancários de 300 agências do centro da cidade participaram do movimento, segundo o sindicato.
"Seis Estados estão parados há dois dias em greve, mais sindicatos definem paralisações, contrariam o comando, e os dirigentes ignoram essa decisão?", questiona Dirceu Travessos, bancário ligado à Conlutas. Parte das lideranças sindicais, diz, quer "empurrar a mobilização para não prejudicar a reeleição de Lula".
Vagner Freitas, que participa do comando e preside a confederação ligada à CUT, diz que sindicalistas do PSOL e do PSTU "misturam interesses dos trabalhadores com interesses partidários". Os bancários pedem reposição da inflação, 7,05% de aumento real e participação nos lucros. Os bancos oferecem 2% de reajuste.


Colaborou a Sucursal do Rio

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