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Bancários ampliam paralisação no país
Greve atinge hoje Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte; comando nacional e oposição travam disputa
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
A greve dos bancários se amplia a partir de hoje para Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte, à revelia da orientação
do Comando Nacional dos
Bancários, formado para representar a categoria na campanha salarial deste ano.
O comando defende assembléias na quarta para aprovar
greve por tempo indeterminado a partir de quinta, caso bancos e sindicato não cheguem a
um acordo até terça, quando
ocorre nova reunião.
Vários sindicatos, entretanto, decidiram entrar em greve
desde anteontem por tempo
indeterminado. Estão parados
bancários de Florianópolis,
Salvador, Rio, MA, RN e PE.
Juntas, essas regiões reúnem
20 mil. No país, são 400 mil.
Em Belo Horizonte, a greve
será por 24 horas. Na segunda,
há nova assembléia, e na terça
pode haver greve por tempo indeterminado. No Maranhão, o
sindicato pediu a "destituição"
do comando nacional por avaliar que há "evidências de descompromisso" com os trabalhadores. Uma delas seria a disposição imediata dos funcionários de entrar em greve.
No Rio, 80% dos bancários
de 300 agências do centro da
cidade participaram do movimento, segundo o sindicato.
"Seis Estados estão parados
há dois dias em greve, mais sindicatos definem paralisações,
contrariam o comando, e os dirigentes ignoram essa decisão?", questiona Dirceu Travessos, bancário ligado à Conlutas. Parte das lideranças
sindicais, diz, quer "empurrar a
mobilização para não prejudicar a reeleição de Lula".
Vagner Freitas, que participa
do comando e preside a confederação ligada à CUT, diz que
sindicalistas do PSOL e do
PSTU "misturam interesses
dos trabalhadores com interesses partidários". Os bancários
pedem reposição da inflação,
7,05% de aumento real e participação nos lucros. Os bancos
oferecem 2% de reajuste.
Colaborou a Sucursal do Rio
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