São Paulo, sábado, 29 de setembro de 2007

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Sem acordo, bancário pode retomar greve

Categoria rejeita proposta de bancos; assembléia na terça pode decidir pela volta do movimento na quarta

DA FOLHA ONLINE

Os bancários de São Paulo, Osasco e região rejeitaram as novas propostas feitas na reunião de ontem pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e informaram que decidem, na próxima terça-feira, a retomada da greve, dessa vez por tempo indeterminado, a partir de quarta. De acordo com o sindicato, 143 agências de São Paulo pararam ontem, onde trabalham 14,8 mil bancários. A confederação não informou, até o fechamento desta edição, o número de agências paralisadas em todo o país.
A Fenaban subiu de 4,82% para 5,20% a proposta de reajuste, o que representa aumento real de 0,38%. Mas os bancários querem 10,3% de reajuste, além de outras reivindicações.
Pela proposta apresentada ontem pelos bancos, o reajuste de 5,2% se estenderia às demais verbas salariais e ao modelo de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2006: 80% do salário, mais parcela fixa de R$ 871 e adicional de até R$ 1.578 -valores já reajustados pelos 5,2%. Os bancos também ofereceram a 13ª cesta-alimentação e o aumento do benefício de R$ 238,08 para R$ 250,46.
"A proposta de aumento real é muito inferior à reivindicação dos bancários. Isso é uma provocação. Os banqueiros estão levando os bancários à greve por tempo indeterminado a partir do dia 3 [de outubro, quarta-feira]", afirmou Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (a base tem 114 mil bancários).
Os bancários pedem reajuste salarial de 10,3% (que prevê aumento real de 5,5%), PLR de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500, piso salarial de R$ 1.628,24, plano de cargos em todos os bancos, pagamento de 14º salário, cesta-alimentação e auxílio-creche de R$ 380.
Segundo o sindicato, os bancários querem remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos em cada unidade, distribuído de forma linear para todos, além de 5% da arrecadação com a prestação de serviços distribuídos trimestralmente e de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.
A Fenaban orienta que a população procure formas alternativas para efetuar suas transações como internet, telefone e correspondentes bancários.


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