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Sem acordo, bancário pode retomar greve
Categoria rejeita proposta de bancos; assembléia na terça pode decidir pela volta do movimento na quarta
DA FOLHA ONLINE
Os bancários de São Paulo,
Osasco e região rejeitaram as
novas propostas feitas na reunião de ontem pela Fenaban
(Federação Nacional dos Bancos) e informaram que decidem, na próxima terça-feira, a
retomada da greve, dessa vez
por tempo indeterminado, a
partir de quarta. De acordo
com o sindicato, 143 agências
de São Paulo pararam ontem,
onde trabalham 14,8 mil bancários. A confederação não informou, até o fechamento desta
edição, o número de agências
paralisadas em todo o país.
A Fenaban subiu de 4,82%
para 5,20% a proposta de reajuste, o que representa aumento real de 0,38%. Mas os bancários querem 10,3% de reajuste,
além de outras reivindicações.
Pela proposta apresentada
ontem pelos bancos, o reajuste
de 5,2% se estenderia às demais
verbas salariais e ao modelo de
PLR (Participação nos Lucros e
Resultados) de 2006: 80% do
salário, mais parcela fixa de R$
871 e adicional de até R$ 1.578
-valores já reajustados pelos
5,2%. Os bancos também ofereceram a 13ª cesta-alimentação
e o aumento do benefício de R$
238,08 para R$ 250,46.
"A proposta de aumento real
é muito inferior à reivindicação
dos bancários. Isso é uma provocação. Os banqueiros estão
levando os bancários à greve
por tempo indeterminado a
partir do dia 3 [de outubro,
quarta-feira]", afirmou Luiz
Cláudio Marcolino, presidente
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região (a
base tem 114 mil bancários).
Os bancários pedem reajuste
salarial de 10,3% (que prevê aumento real de 5,5%), PLR de
dois salários mais valor adicional de R$ 3.500, piso salarial de
R$ 1.628,24, plano de cargos em
todos os bancos, pagamento de
14º salário, cesta-alimentação e
auxílio-creche de R$ 380.
Segundo o sindicato, os bancários querem remuneração
complementar de 10% do total
das vendas de produtos em cada unidade, distribuído de forma linear para todos, além de
5% da arrecadação com a prestação de serviços distribuídos
trimestralmente e de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos
afastados por licença-saúde.
A Fenaban orienta que a população procure formas alternativas para efetuar suas transações como internet, telefone
e correspondentes bancários.
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