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Levy compara ajuste ao de ano militar
DA SUCURSAL DO RIO
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, defendeu ontem o ajuste feito pelo governo
Lula e comparou-o ao realizado
entre os anos de 1981 e 1983, ainda
durante o regime militar.
Levy disse que o Brasil fez um
ajuste no balanço de pagamentos
(contabiliza todas as transações
econômicas de um país com os
demais e mostra a sua "solvência") maior e de melhor qualidade
do que o do ex-presidente João
Baptista Figueiredo (1918-1999),
que governou de 1979 a 1985.
O ajuste foi feito agora, segundo
ele, sem os traumas ocasionados
na época: recessão profunda e
descontrole inflacionário. "Desta
vez, fizemos um ajuste muito
mais cuidadoso, sem imposições,
sem a necessidade de fechar a economia [às importações]", disse.
Diferentemente do que ocorreu
no passado, afirmou, a recessão
foi bem menos intensa do que em
1983, quando houve queda do
PIB. O efeito do aumento dos juros, disse, causou uma contração
na economia mais suave.
"Temos hoje uma inflação que
não disparou e com um efeito na
produção muito mais brando."
Para ele, a recuperação também
foi mais rápida do que há 20 anos.
"Rapidamente saímos [da recessão]. Também, diferentemente
do que aconteceu na época, conseguimos sair sem o aumento da
inflação, que permaneceu alta por
mais de dez anos [até o Plano
Cruzado, de 1985]."
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