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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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Levy compara ajuste ao de ano militar

DA SUCURSAL DO RIO

O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, defendeu ontem o ajuste feito pelo governo Lula e comparou-o ao realizado entre os anos de 1981 e 1983, ainda durante o regime militar.
Levy disse que o Brasil fez um ajuste no balanço de pagamentos (contabiliza todas as transações econômicas de um país com os demais e mostra a sua "solvência") maior e de melhor qualidade do que o do ex-presidente João Baptista Figueiredo (1918-1999), que governou de 1979 a 1985.
O ajuste foi feito agora, segundo ele, sem os traumas ocasionados na época: recessão profunda e descontrole inflacionário. "Desta vez, fizemos um ajuste muito mais cuidadoso, sem imposições, sem a necessidade de fechar a economia [às importações]", disse.
Diferentemente do que ocorreu no passado, afirmou, a recessão foi bem menos intensa do que em 1983, quando houve queda do PIB. O efeito do aumento dos juros, disse, causou uma contração na economia mais suave.
"Temos hoje uma inflação que não disparou e com um efeito na produção muito mais brando."
Para ele, a recuperação também foi mais rápida do que há 20 anos. "Rapidamente saímos [da recessão]. Também, diferentemente do que aconteceu na época, conseguimos sair sem o aumento da inflação, que permaneceu alta por mais de dez anos [até o Plano Cruzado, de 1985]."


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