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São Paulo, sábado, 29 de novembro de 2003

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Decisão foi técnica, diz Receita

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-adjunto da Receita Carlos Alberto Barreto e o coordenador de Estudos Tributários, Márcio Verdi, divulgaram ontem à noite os dados técnicos que, segundo eles, justificam a prorrogação da redução da carga tributária do setor automobilístico. "A decisão foi técnica", disseram os dois.
A estimativa da Receita, levando em conta a média de vendas entre 1998 e 2002 e as sazonalidades do setor, indicam que, em outubro, os consumidores compraram 17 mil carros a mais devido ao desconto no IPI.
Em agosto, o primeiro mês do desconto, foram vendidos 101 mil carros. Em outubro, o volume chegou a 141 mil. Segundo Verdi, a estimativa de vendas no mês passado, se não houvesse a redução, era de 124 mil veículos.
"Estamos com menor perda de arrecadação", disse Verdi. Segundo sua estimativa, o país deixou de arrecadar, entre agosto e outubro, cerca de R$ 90 milhões devido à redução -valor que não é a perda total, mas um cálculo que leva em conta o comportamento das vendas desde 1998.
Barreto, no entanto, afirma que parte da perda de arrecadação com o IPI foi compensada pelo aumento do arrecadado com o PIS/Confins (cuja alíquota é de 8,2% sobre o faturamento), em curva crescente desde setembro.
O ganho, dizem, ocorre ainda na manutenção de empregos. Em julho, o setor empregava direta e indiretamente 92.056 pessoas. Em outubro, eram 92.785. (AS)


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