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Decisão foi técnica, diz Receita
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-adjunto da Receita
Carlos Alberto Barreto e o coordenador de Estudos Tributários,
Márcio Verdi, divulgaram ontem
à noite os dados técnicos que, segundo eles, justificam a prorrogação da redução da carga tributária
do setor automobilístico. "A decisão foi técnica", disseram os dois.
A estimativa da Receita, levando em conta a média de vendas
entre 1998 e 2002 e as sazonalidades do setor, indicam que, em outubro, os consumidores compraram 17 mil carros a mais devido
ao desconto no IPI.
Em agosto, o primeiro mês do
desconto, foram vendidos 101 mil
carros. Em outubro, o volume
chegou a 141 mil. Segundo Verdi,
a estimativa de vendas no mês
passado, se não houvesse a redução, era de 124 mil veículos.
"Estamos com menor perda de
arrecadação", disse Verdi. Segundo sua estimativa, o país deixou
de arrecadar, entre agosto e outubro, cerca de R$ 90 milhões devido à redução -valor que não é a
perda total, mas um cálculo que
leva em conta o comportamento
das vendas desde 1998.
Barreto, no entanto, afirma que
parte da perda de arrecadação
com o IPI foi compensada pelo
aumento do arrecadado com o
PIS/Confins (cuja alíquota é de
8,2% sobre o faturamento), em
curva crescente desde setembro.
O ganho, dizem, ocorre ainda
na manutenção de empregos. Em
julho, o setor empregava direta e
indiretamente 92.056 pessoas. Em
outubro, eram 92.785.
(AS)
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