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Ministros ontem negaram queda
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DO RIO
No mesmo dia em que o governo anunciou a prorrogação da redução do IPI dos automóveis,
dois ministros ligados à área econômica declararam que o benefício não seria prolongado.
Pela manhã, Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento) disse:
"A tendência é não prorrogar".
Furlan afirmou que a decisão de
reduzir o imposto fora tomada
em um momento delicado para a
indústria, mas que agora a situação do setor "é muito diferente".
"A redução veio num momento
delicado, em que havia estoques
elevados e demanda muito baixa", disse o ministro.
Em entrevista na sede da CUT,
em São Paulo, por volta das
17h30, o ministro do Planejamento, Guido Mantega, ratificou as
palavras de Furlan. "Ele [Furlan]
já respondeu", disse ao ser indagado sobre os comentários que
seu parceiro de governo fizera sobre a possibilidade de manutenção do IPI menor.
Depois, prosseguiu: "A redução
foi quase emergencial, para estimular as vendas, que estavam
praticamente paralisadas", disse
o ministro. "O acordo não está
sendo prorrogado. O governo vai
atender para a situação do mercado nos próximos meses. Já houve
melhora [de vendas] para outros
setores que não tiveram incentivos fiscais", completou.
Segundo ele, uma manutenção
de IPI não estaria descartada, mas
desde que presente em uma política industrial para o setor.
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