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Empresa teve de parar produção por seis meses
DA REPORTAGEM LOCAL
A GPC Química, maior
produtora de metanol do
país, que fica no Rio, interrompeu a produção entre janeiro e julho por conta do
preço do gás natural. A crise
atingiu o mercado mundial
de metanol (produto usado
principalmente como solvente industrial), reduzindo
os preços ao menor nível em
anos. Em direção oposta, o
preço do gás natural no Brasil subiu durante a crise. A
equação financeira inviabilizou a produção. Parte dos
cem trabalhadores da unidade foi posta em licença durante o período.
"Não houve alternativa,
decidimos parar a produção
e importar o metanol. Com a
tonelada de metanol a US$
200 e o gás ao custo de US$
10 por milhão de BTU, não
havia viabilidade para a produção local", diz Vanderlei
Passarela, presidente.
A produção foi retomada
em agosto, com a recuperação do preço internacional
do produto e com os leilões
de gás realizados pela Petrobras, alternativa encontrada
para escoar o combustível
que deixou de ser consumido
no país, seja pela baixa geração térmica, seja pela redução da atividade econômica.
Para Passarella, o leilão
ajudou, mas as incertezas de
preços permanecem. A
ameaça agora é que a recuperação do mercado brasileiro
restabeleça o consumo de
gás aos preços normais, não o
dos leilões. "Ainda há um risco para nós. É por isso que
uma política de preços para o
uso do gás como matéria-prima é importante. O que temos hoje é uma que atende à
Petrobras, uma política que
oscila conforme o volume de
gás disponível no país", critica Passarella. Nos leilões, a
empresa conseguiu gás ao
preço de US$ 5,80 por milhão de BTU. No Rio, o preço
médio do gás pago pela indústria é de US$ 10,90 por
milhão de BTU.
(AB)
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