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São Paulo, domingo, 29 de novembro de 1998
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Próximo Texto | Índice PAINEL S/A Na contramão Contrariando as expectativas, o volume de transações registrado na Redecard cresceu 2% em outubro e o faturamento da Credicard permaneceu estável -a previsão era de queda. Grande banco de varejo registrou crescimento de 3% nas operações de cheque especial. Questão de tempo "No caso das pessoas físicas, até por conta do Natal, o buraco ainda não apareceu. Existe demanda por crédito e a inadimplência continua caindo. Mas vamos com cautela, já que o buraco deve abrir nos nossos pés no primeiro trimestre", diz um executivo de banco. Menos ICMS As empresas paulistas de pequeno porte -faturamento entre R$ 120 mil e R$ 720 mil por ano- vão pagar 72% menos de ICMS a partir de janeiro de 99, quando entra em vigor o Simples Paulista. O cálculo é do tributarista Ilan Gorin. Queda maior Para as empresas com faturamento entre R$ 83,7 mil e R$ 120 mil a queda será maior, de 89%, segundo Gorin. As microempresas -faturamento até R$ 83,7 mil por ano- continuarão isentas. Renúncia fiscal Clóvis Panzarini, coordenador da Administração Tributária paulista, diz que a renúncia fiscal com o Simples será de cerca de R$ 120 milhões por ano. Mas ela será compensada ao trazer para a formalidade as empresas que hoje sonegam. "Sairá mais barato pagar do que administrar dinheiro frio." Brasil à venda Levantamento da Sobeet mostra que 49,17% dos fluxos de investimentos diretos no Brasil entre 1996 e 97 foram direcionados para fusões ou aquisições. As privatizações respondem por 35% do total. Na ponta do lápis No mesmo período, segundo a Sobeet, as fusões e aquisições responderam por 80,23% dos investimentos diretos na Europa Ocidental; 71,24%, nos EUA; 36,24%, na América Latina; e 10,36%, nos países emergentes da Ásia. Cheque especial O cronograma acertado para o ingresso dos recursos da ajuda externa ao Brasil bate com o do fluxo previsto de saídas. Assim, se não houver a retomada dos investimentos voluntários, as reservas (o caixa em moeda forte) fecham 99 na marca de US$ 43 bilhões -hoje estão em US$ 41,6 bilhões. Perigo vermelho A Rússia foi o país que obteve maior ganho da taxa de câmbio em relação ao real desde o início da crise asiática, em outubro do ano passado: 123,3%. Em segundo lugar vem a Coréia, com 21,5%. O levantamento é da Companhia Placas do Paraná. Devagar e sempre No mesmo período, dos 38 países analisados pela Companhia Placas do Paraná, o real obteve ganhos reais -que variam de 1,5% (Argentina) a 22,4% (República Tcheca)- contra as moedas de 25 países. Calculando a defasagem Nos cálculos da Placas do Paraná, a taxa de câmbio deveria, ao final de outubro de 98, ser de R$ 1,3163 -e não de R$ 1,20-, para voltar ao patamar do início do Plano Real, em julho de 94. Ladeira abaixo O saldo da balança comercial acumulado, sempre no período de quatro anos, recuou de um superávit de US$ 57,2 bilhões, em 90, para um déficit de US$ 22,9 bilhões, em 98, segundo mostra pesquisa da EF&C (Engenheiros Financeiros & Consultores). Queimando bilhões "Perdemos US$ 79,7 bilhões na balança, que é quase o dobro da ajuda externa que o país está recebendo agora do FMI e dos países desenvolvidos", diz Carlos Coradi, da EF&C. Feito em casa A Scania conseguiu aumentar de 55%, em fevereiro deste ano, para 70% a participação de peças compradas no Brasil na fabricação dos caminhões da série 4. A meta do projeto de nacionalização de compras, que visa reduzir os custos de importação, é atingir a 80% no final de 99. Calendário O BC não vai abrir segunda-feira em Brasília. É feriado: o Dia Municipal do Evangélico. E- mail: painelsa@uol.com.br Próximo Texto | Índice |
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