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Monopólio Windows/Intel sofre abalos
da Redação
O império da Microsoft é sustentado em parte numa aliança informal, apelidada de monopólio
"Wintel" (Windows/Intel).
A Intel reina no mercado de
chips (processadores) para computador, e a Microsoft, no de software. O sistema operacional e os
chips formam uma parceria que
beneficia as duas empresas, que há
cerca de 20 anos se favorecem mutuamente, vinculando seus produtos.
Mas esse casamento se encontra
bem abalado por interesses divergentes.
A Microsoft, temendo a saturação do mercado de PCs, começa a
procurar parceiros de hardware na
área de equipamentos portáteis,
como os handhelds (pequenos
computadores de mão).
A empresa tenta emplacar sua
arquitetura Windows CE (uma
versão reduzida do Windows) no
maior número possível desses aparelhos. Assinou também um contrato, em julho deste ano, com a
empresa japonesa Matsushita, licenciando o Windows CE para um
microprocessador multimídia,
destinado a "set-top boxes".
A Intel, que tem presença praticamente nula no mercado de eletrônicos de consumo, não está nada feliz com isso. Alguns anos
atrás, a Microsoft jamais se aproximaria tanto de competidores do
fabricante de chips.
A Intel também está ameaçada
por concorrentes como a AMD
(Advanced Micro Devices) e a National Semiconductor, que têm
apresentado alternativas mais baratas aos seus chips.
Documentos revelados durante
o julgamento do processo revelam
que o ressentimento da Intel contra a Microsoft se deve também a
pressões exercidas pela empresa
de software.
Uma troca de memorandos, por
exemplo, mostra que a Microsoft
teria exigido que o fabricante de
chips abrisse mão de determinados projetos ligados à Internet, que
estariam em conflito com os interesses da Microsoft.
Bill Gates, de acordo com um
memorando escrito por um executivo da Intel, teria ficado "lívido",
devido a investimentos na área de
Internet, e havia exigido sua interrupção.
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