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CASO YUKOS
Khodorkovsky diz que burocratas russos tentam destruir empresa
Acionista critica Putin por leilão
DA REDAÇÃO
Mikhail Khodorkovsky, um
dos principais acionistas da petrolífera Yukos, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, pela
destruição da empresa, em entrevista a um jornal russo.
Khodorkovsky, preso há 15 meses e acusado de fraude e evasão
fiscal, disse que o desmantelamento da empresa foi o ato mais
"sem sentido e destruidor" cometido pelo Kremlin desde que Putin se tornou presidente. Ele disse
também que não pretende se vingar de seus perseguidores.
Os comentários referem-se à
venda da principal unidade produtiva da Yukos à estatal Rosneft.
A unidade foi leiloada pelo governo no dia 19 para pagar dívidas da
Yukos relativas a impostos atrasados. O leilão foi considerado por
alguns uma estratégia do governo
para desmantelar a Yukos, como
vingança pelas intenções políticas
de Khodorkovsky.
Os advogados da Yukos disseram ontem que tentarão obter
mais de US$ 20 bilhões se a venda
for concretizada. A Yukos entrou
com uma ação de perdas e danos,
contra a compradora da unidade,
em uma corte de falências nos
EUA. Uma juíza dessa corte havia
determinado que o leilão não fosse realizado, decisão que foi ignorada pelo governo russo.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's diminuiu
ontem a classificação da Yukos
para default (a mais baixa, que
significa inadimplência) depois
que a empresa deixou de honrar
um pagamento a um banco.
Com agências internacionais
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