São Paulo, quarta-feira, 29 de dezembro de 2004

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CASO YUKOS

Khodorkovsky diz que burocratas russos tentam destruir empresa

Acionista critica Putin por leilão

DA REDAÇÃO

Mikhail Khodorkovsky, um dos principais acionistas da petrolífera Yukos, criticou o presidente russo, Vladimir Putin, pela destruição da empresa, em entrevista a um jornal russo.
Khodorkovsky, preso há 15 meses e acusado de fraude e evasão fiscal, disse que o desmantelamento da empresa foi o ato mais "sem sentido e destruidor" cometido pelo Kremlin desde que Putin se tornou presidente. Ele disse também que não pretende se vingar de seus perseguidores.
Os comentários referem-se à venda da principal unidade produtiva da Yukos à estatal Rosneft. A unidade foi leiloada pelo governo no dia 19 para pagar dívidas da Yukos relativas a impostos atrasados. O leilão foi considerado por alguns uma estratégia do governo para desmantelar a Yukos, como vingança pelas intenções políticas de Khodorkovsky.
Os advogados da Yukos disseram ontem que tentarão obter mais de US$ 20 bilhões se a venda for concretizada. A Yukos entrou com uma ação de perdas e danos, contra a compradora da unidade, em uma corte de falências nos EUA. Uma juíza dessa corte havia determinado que o leilão não fosse realizado, decisão que foi ignorada pelo governo russo.
A agência de classificação de risco Standard & Poor's diminuiu ontem a classificação da Yukos para default (a mais baixa, que significa inadimplência) depois que a empresa deixou de honrar um pagamento a um banco.


Com agências internacionais

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