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MERCADO MUNDIAL
Segundo consultoria, investimentos em papéis de Brasil, Índia, Turquia e Indonésia tiveram o maior retorno
Emergentes batem países ricos pelo 4º ano
LUCIANA COELHO
DE NOVA YORK
Pelo quarto ano consecutivo, os
mercados emergentes tiveram
um desempenho superior ao dos
mercados de países desenvolvidos, segundo relatório da Emerging Portfolio Funds Research.
Para o grupo de pesquisa, os
maiores destaques foram Brasil,
Índia, Turquia e Indonésia.
"A menos que algo importante e
inesperado ocorra nos próximos
dias, será a quinta vez que isso
ocorre nos últimos seis anos", diz
o relatório da consultoria.
Como região, o destaque, segundo a consultoria, é a América
Latina. Embora tenha atraído menos investidores do que a Ásia, foi
ela foi a que produziu os melhores
retornos no ano. O desempenho
já produziu efeitos.
Como um todo, os mercados
emergentes globais iniciarão o
ano com 51,4% de seu capital alocado em ações asiáticas, a menor
exposição desde junho de 2003.
O movimento ilustra uma tendência. Mais do que no passado,
os fundos emergentes diversificaram suas carteiras em 2004 para
melhor aproveitar a variação de
performance dos diferentes papéis, afirma a EPFR.
Com isso, de janeiro ao início de
dezembro, alguns fundos chegaram a oferecer um retorno de 30%
a seus cotistas, contra um rendimento médio de 16,5% dos 139
fundos emergentes acompanhados pelo grupo.
Posições vencedoras
Mais do que ganhar com posições nos mercados do Brasil, da
Índia, da Indonésia, da Turquia e
do Egito, saíram vencedoras as
carteiras que evitaram Rússia,
Taiwan e México.
O relatório também destaca os
países da Europa Central, onde os
investimentos registraram retornos entre 50% e 85%, e os da Indonésia, que puxaram os ganhos
da Ásia com retornos de 40%.
Para o início de 2005, a perspectiva dos administradores do fundo mudou consideravelmente em
relação a um ano antes.
A Coréia do Sul ganhou um
pouco mais de espaço como destino favorito, enquanto a África
do Sul está superando o Brasil e
Taiwan como segundo principal
mercado, aumentando sua participação média nas carteiras em
dois pontos percentuais, para
11.5%. Índia e Tailândia, apesar
dos bons rendimentos, também
devem perder investidores para a
Indonésia e o Egito.
O horizonte se mostra favorável. "Os administradores de fundos emergentes, em geral, estão
otimistas para 2005, sobretudo
por causa da valorização relativamente baixa dos emergentes como um todo no ano que termina,
a melhora da posição fiscal de vários dos países e o forte crescimento econômico puxado pelo
crescimento da demanda doméstica", afirma o texto.
Brasil
Há poucos dados específicos sobre o Brasil no relatório, mas a
EPFR ressalta o crescimento das
exportações como grande atrativo do país, afirmando que o setor
deve continuar acelerando no
próximo ano.
"Os administradores de fundos
começaram a comprar ações brasileiras nos últimos meses apostando que o aumento do salário
mínimo alimentaria a demanda
doméstica, que, por sua vez, consolidaria o crescimento sustentável", afirma o texto.
Para a consultoria, as ações do
Brasil continuam atraentes para o
próximo ano, com uma relação
custo-retorno menor do que as do
México e do Chile, os dois principais "concorrentes" na região.
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