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CRÉDITO
Apesar do aumento da Selic, pesquisa indica recuo na taxa média do cheque especial e na do empréstimo em relação a 2003
Procon aponta queda no juro ao consumidor
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
Apesar de encerrar o ano em
tendência de alta, a taxa média de
juro de algumas modalidades de
crédito registrou queda neste ano
em relação a 2003. Pelo menos é o
que aponta pesquisa divulgada
ontem pelo Procon-SP, que
acompanha mensalmente as variações nos juros do cheque especial e do empréstimo pessoal.
De acordo com o Procon-SP, a
maior queda ocorreu na taxa
mensal média do cheque especial,
que passou de 9,04%, em 2003,
para 8,02% em 2004 -ou seja,
houve uma diminuição de 1,02
ponto percentual nessa modalidade de crédito. O Procon compara a taxa média acumulada entre janeiro e novembro deste ano,
com o mesmo período de 2003.
Mesmo com o recuo, a taxa média mensal do cheque especial terminou o ano em alta. Em dezembro, a taxa média de juro dessa
modalidade de crédito subiu para
8,06% ao mês, após permanecer
estável em 7,99% por quatro meses consecutivos. Além disso,
houve uma elevação de 0,12% entre a taxa de janeiro (8,05%) e a registrada no último mês do ano.
A pesquisa do Procon-SP também registrou queda na taxa média mensal do empréstimo pessoal em 2004. Nessa modalidade
de crédito, houve uma diminuição de 0,62 ponto na taxa, que
passou de 5,91% ao mês em 2003
para 5,29% ao mês neste ano.
A taxa mensal do empréstimo
pessoal começou o ano em 5,37%
nos bancos pesquisados pelo Procon-SP. A taxa registrou quedas
consecutivas de janeiro a setembro, quando atingiu 5,14% ao
mês. A partir de outubro, acompanhando o Copom (Comitê de
Política Monetária) do Banco
Central, a taxa voltou a subir, chegando a 5,22% ao mês em dezembro. No ano, a queda foi de 2,79%.
Segundo o Procon-SP, o movimento das taxas ao longo do ano
foi de queda. Esse ritmo foi interrompido no último trimestre do
ano, como resultado das elevações da Selic feitas pelo Copom.
O Procon-SP informou que o
mercado financeiro, no entanto,
não repassou imediatamente o
aumento da taxa básica aos tomadores. Segundo técnicos da fundação, houve crescimento dos
empréstimos bancários devido à
retomada da atividade econômica e do acesso a novas modalidades de crédito. O levantamento é realizado com os dados de 11 instituições financeiras.
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