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Poupança deve ter ganho real de 5,6%, o maior desde 1999
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE
A caderneta de poupança vai
fechar 2006 com o maior ganho
real desde 1999, ano da mudança cambial. Segundo cálculos
da consultoria Economática,
descontando a inflação, a rentabilidade da poupança deve ficar em torno de 5,6% neste ano.
"Isso significa que a pessoa
que comprava uma cesta básica
de R$ 100 no início do ano e resolveu deixar esse dinheiro na
poupança, hoje compra a cesta
e ainda fica com mais R$ 5 no
bolso", afirmou Einar Rivero,
gerente de relacionamento institucional da Economática.
Já o ganho nominal, ou seja,
sem descontar a inflação, chega
a 8,40% no ano.
O cálculo da consultoria considera o IPCA (Índice de Preços
ao Consumidor Amplo) acumulado até 30 de novembro e a
rentabilidade da poupança até
dezembro. O IPCA, acumulou
de janeiro a novembro taxa de
2,65%, bem abaixo dos 5,31%
do mesmo período de 2005.
Segundo o último relatório
Focus, elaborado pelo Banco
Central, analistas de mercado
projetam inflação de 0,45% para dezembro pelo IPCA e de
3,11% no acumulado de 2006.
No ano passado, quando o
IPCA atingiu 5,69%, a poupança teve rentabilidade real de
3,33%. Em 2002, o índice de inflação atingiu 12,53% e os investidores que optaram em deixar o dinheiro na caderneta tiveram perda real de 2,9%.
Rivero ressaltou que apesar
do desempenho positivo da
poupança, ela ainda não é a melhor aplicação, pois perde para
diversos outros segmentos, como CDI, ações e ouro.
De acordo com os dados da
Economática, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário),
referencial dos fundos DI, registra no ano rentabilidade real
de 11,98%. Na Bovespa, o ganho
real chega a 29,66%. O ouro registra alta de 9,79%.
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