São Paulo, sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

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Poupança deve ter ganho real de 5,6%, o maior desde 1999

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE

A caderneta de poupança vai fechar 2006 com o maior ganho real desde 1999, ano da mudança cambial. Segundo cálculos da consultoria Economática, descontando a inflação, a rentabilidade da poupança deve ficar em torno de 5,6% neste ano.
"Isso significa que a pessoa que comprava uma cesta básica de R$ 100 no início do ano e resolveu deixar esse dinheiro na poupança, hoje compra a cesta e ainda fica com mais R$ 5 no bolso", afirmou Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.
Já o ganho nominal, ou seja, sem descontar a inflação, chega a 8,40% no ano.
O cálculo da consultoria considera o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado até 30 de novembro e a rentabilidade da poupança até dezembro. O IPCA, acumulou de janeiro a novembro taxa de 2,65%, bem abaixo dos 5,31% do mesmo período de 2005.
Segundo o último relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, analistas de mercado projetam inflação de 0,45% para dezembro pelo IPCA e de 3,11% no acumulado de 2006.
No ano passado, quando o IPCA atingiu 5,69%, a poupança teve rentabilidade real de 3,33%. Em 2002, o índice de inflação atingiu 12,53% e os investidores que optaram em deixar o dinheiro na caderneta tiveram perda real de 2,9%.
Rivero ressaltou que apesar do desempenho positivo da poupança, ela ainda não é a melhor aplicação, pois perde para diversos outros segmentos, como CDI, ações e ouro.
De acordo com os dados da Economática, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário), referencial dos fundos DI, registra no ano rentabilidade real de 11,98%. Na Bovespa, o ganho real chega a 29,66%. O ouro registra alta de 9,79%.


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