São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

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Governo quer processar líderes do movimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A distribuição de combustíveis, maior preocupação do governo, não foi afetada com a paralisação de ontem dos caminhoneiros, de acordo com nota divulgada.
No final da tarde, os ministérios da Justiça e dos Transportes divulgaram nota afirmando que irão processar os líderes da greve e autores de ações que podem ter trazido prejuízos à União.
Os ministérios alegam que também vão pedir ressarcimento dos gastos públicos na mobilização do esquema de segurança contra a greve, mas não citou valores.
Pela manhã, cerca de 50 caminhões bloquearam a entrada da Reduc, refinaria da Petrobras, em Duque de Caxias (RJ), mas a movimentação voltou ao normal no início da tarde.
Segundo a Petrobras, o abastecimento de combustíveis foi normal porque a empresa antecipou a entrega para os postos de gasolina e transferiu os produtos para bases de distribuição secundárias, em regiões de menor concentração de grevistas.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, muitas empresas utilizaram o mesmo expediente da Petrobras, antecipando entregas e evitando circular ontem, o que diminuiu a repercussão do movimento.
Durante todo o dia, o movimento de caminhões foi normal na maior parte das rodovias brasileiras, segundo a polícia. O caso mais grave aconteceu em Cruz Alta (RS), onde dois manifestantes foram presos após apedrejarem vidros de caminhões que se recusaram a aderir ao movimento.
O ministro da Justiça, José Gregori, atacou ontem o líder do MUBC (Movimento União Brasil Caminhoneiro), Nélio Botelho. O ministro disse que Botelho tem "veleidades políticas".
"É uma paralisação em nome de outros interesses, quem sabe políticos, que não justificam de forma nenhuma uma coisa tão grave."
Gregori disse que a situação era normal nas estradas. Para ele, a manifestação não tem razão de ser porque "a categoria tem mesa de negociação permanente com o governo".











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