São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

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EUA

Mercado aposta que corte deve ser de 0,5 ponto percentual em reunião do banco que começa hoje

Federal Reserve deve cortar taxa de juros



LEONARDO SOUZA
DA REPORTAGEM LOCAL

Alan Greenspan, presidente do Fed (o banco central dos Estados Unidos), deve reproduzir amanhã feito que seu predecessor Paul Volcker realizou em 1984: corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros do país em apenas um mês.
Desde aquele ano, os norte-americanos não vêem uma queda dos juros dessa magnitude.
No dia 3 deste mês, o Fed baixou a taxa básica de 6,5% ao ano para 6%. A grande maioria dos analistas de Nova York (81% de 37 economistas ouvidos pela agência Bloomberg no dia 26) espera outro corte de 0,5 ponto na reunião que acaba amanhã.
O economista-chefe do JP Morgan no Brasil, Marcelo Carvalho, resume o motivo para o Fed adotar postura tão agressiva na condução da política monetária do país: "Os riscos de recessão da economia norte-americana são bem maiores que os de inflação."
Ou seja, o Fed reduziria a taxa básica do país para estimular o consumo e, consequentemente, o crescimento econômico. A expectativa do JP Morgan é que o Fed promova ainda outras três reduções, de 0,25 ponto cada, até junho, quando a taxa se estabilizaria em 4,75% ao ano.
Carlos Kawall, economista-chefe do Citibank, também aguarda queda de 0,5 ponto. O Citibank trabalha com a projeção de que a economia dos EUA recuará 0,8% no primeiro trimestre.
Segundo Kawall, a expectativa é que depois o país retomaria o crescimento, para encerrar o ano com aumento do PIB (Produto Interno Bruto) -soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país- em 1,6%. "Para estimular a economia, o Fed promoveria outro corte agora."
Odair Abate, economista-chefe do Lloyds, compõe o time dos que esperam corte de 0,5 ponto. "Redução menor do que 0,5 ponto não estimularia os consumidores a comprar", disse.


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