São Paulo, terça-feira, 30 de janeiro de 2001

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Em fábrica do Paraná, clima é de incerteza

DA REPORTAGEM LOCAL

Em Campo Largo, cidade paranaense de 95 mil habitantes, a notícia correu de boca em boca mais depressa do que pela Internet. Para reduzir custos, a Chrysler, um dos maiores fabricantes de automóveis do mundo, suspenderá a fabricação das picapes Dakota na fábrica da cidade, inaugurada com festança em 1998.
Os 250 funcionários da unidade de Campo Largo souberam da notícia tão logo a direção da Chrysler fez o anúncio, ontem pela manhã, nos Estados Unidos. O novo prefeito da cidade, Afonso Portugal Guimarães (PSDB), soube detalhes no almoço que teve, ontem mesmo, com a direção da empresa no Paraná. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Empresas Montadoras de Campo Largo, Hélio Kieras, também comunicou prontamente a decisão a seus 250 companheiros que trabalham na Chrysler.
Ninguém disfarça a apreensão, ainda que a empresa afirme que "os 250 colaboradores que trabalham na planta manterão o programa de produção previsto para os primeiros meses deste ano, até a conclusão dos estudos em andamento".
A empresa estaria estudando a possibilidade de produzir no Paraná um outro item do grupo DaimlerChrysler (Chrysler, Dodge, Mercedes-Benz, Jeep, Mitsubishi e Hyundai). Especula-se que a produção do Dakota prossiga até março. A produção atual é de 28 unidades por dia, quando o mínimo seria 48.
A fábrica recebeu do governo do Paraná o adiamento do pagamento do ICMS por quatro anos e, da prefeitura de Campo Largo, um terreno de cerca de 300 mil metros quadrados.


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