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São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

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Guerra traz obstáculos para controlar inflação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma eventual guerra entre os Estados Unidos e o Iraque dificultaria o controle da inflação e a redução dos juros, segundo o Banco Central. O receio é que o conflito no Oriente Médio leve a uma disparada do preço internacional do petróleo, o que provocaria um aumento da inflação. As informações constam na ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do BC).
"O cenário internacional permaneceu crítico nas últimas semanas, refletindo a intensificação da tensão entre os Estados Unidos e o Iraque. A alta no preço do petróleo, também influenciada pela crise política na Venezuela, pode dificultar o controle inflacionário e colocar novos obstáculos à execução de políticas fiscais e monetárias expansionistas para estimular as economias", afirma o documento.
Por política monetária expansionista, entenda-se juros mais baixos. Já uma política fiscal menos rígida equivaleria a um controle menor nos gastos do governo. Em ambos os casos, o objetivo seria favorecer o crescimento da economia.

Risco
O BC cita ainda a possível guerra como a causa da alta do dólar ocorrida nos últimos dias. "Nas primeiras semanas de janeiro, observou-se uma melhoria nos mercados financeiros locais, refletindo a menor percepção de risco. No entanto, nos dias que antecederam a reunião do Copom, o real voltou a se depreciar devido, sobretudo, à iminência de guerra entre Estados Unidos e Iraque", afirma o documento.
As perspectivas também são ruins para o mercado financeiro internacional. Para o Copom -comitê formado pelos sete diretores do BC, mais o presidente da instituição-, "as Bolsas de Valores vêm refletindo essas inquietações e, com os fracos resultados corporativos, não retomam trajetória de alta".


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