|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Guerra traz obstáculos para controlar inflação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Uma eventual guerra entre os
Estados Unidos e o Iraque dificultaria o controle da inflação e a redução dos juros, segundo o Banco
Central. O receio é que o conflito
no Oriente Médio leve a uma disparada do preço internacional do
petróleo, o que provocaria um aumento da inflação. As informações constam na ata da última
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária do BC).
"O cenário internacional permaneceu crítico nas últimas semanas, refletindo a intensificação
da tensão entre os Estados Unidos
e o Iraque. A alta no preço do petróleo, também influenciada pela
crise política na Venezuela, pode
dificultar o controle inflacionário
e colocar novos obstáculos à execução de políticas fiscais e monetárias expansionistas para estimular as economias", afirma o
documento.
Por política monetária expansionista, entenda-se juros mais
baixos. Já uma política fiscal menos rígida equivaleria a um controle menor nos gastos do governo. Em ambos os casos, o objetivo
seria favorecer o crescimento da
economia.
Risco
O BC cita ainda a possível guerra como a causa da alta do dólar
ocorrida nos últimos dias. "Nas
primeiras semanas de janeiro, observou-se uma melhoria nos mercados financeiros locais, refletindo a menor percepção de risco.
No entanto, nos dias que antecederam a reunião do Copom, o real
voltou a se depreciar devido, sobretudo, à iminência de guerra
entre Estados Unidos e Iraque",
afirma o documento.
As perspectivas também são
ruins para o mercado financeiro
internacional. Para o Copom
-comitê formado pelos sete diretores do BC, mais o presidente
da instituição-, "as Bolsas de
Valores vêm refletindo essas inquietações e, com os fracos resultados corporativos, não retomam
trajetória de alta".
Texto Anterior: Cenário crítico Próximo Texto: Opinião econômica: Porto Alegre pergunta: o medo vencerá a esperança? Índice
|