|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEFONIA
Para ministro, há muitas empresas no setor e modelo é "predatório"
Celulares podem ter crise, diz Miro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Miro Teixeira (Comunicações) disse que as operadoras de celular podem enfrentar
uma crise como a das empresas
aéreas em pouco tempo. Segundo
ele, haveria empresas demais no
mercado. "As empresas poderão,
no curto prazo, entrar numa rota
muito parecida com a das companhias aéreas."
Segundo ele, como há muitas
empresas no setor, elas podem
perder receita. Miro disse que o
modelo de organização empresarial é "predatório" e que ouviu essa opinião de "mais de uma pessoa do setor".
Na terça, o ministro recebeu representantes da Acel (Associação
Brasileira dos Prestadores de Serviço Móvel Celular).
Miro afirmou, porém, que essa
avaliação "não significa que o setor vá entrar em colapso".
Em abril de 2001, a BCP (operadora da banda B em São Paulo),
por meio do Banco Central, fez
circular na Câmara de Política
Econômica documento no qual
avaliava que havia excesso de empresas de telefonia móvel no setor
e risco de colapso do sistema.
Na ocasião, o documento foi rechaçado publicamente pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A posição da agência criou uma crise com o BC, que
acabou sendo analisada pela Comissão de Ética Pública.
As fusões de empresas de telefonia móvel são previstas dentro do
modelo e têm sido consideradas
benéficas pela Anatel. No dia 16, a
BrasilCel (holding da Telesp Celular e da Telefônica Celular no Brasil) anunciou a compra da TCO
(Tele Centro-Oeste) e passou a ter
16,8 milhões de assinantes de celulares no Brasil, ou 50% do mercado.
As empresas de telefonia celular
(bandas A e B) solicitaram à Anatel reajustes de até 27% nas tarifas
do setor.
(HUMBERTO MEDINA)
Texto Anterior: Opinião econômica: Porto Alegre pergunta: o medo vencerá a esperança? Próximo Texto: Frase Índice
|