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São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

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TELEFONIA

Para ministro, há muitas empresas no setor e modelo é "predatório"

Celulares podem ter crise, diz Miro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Miro Teixeira (Comunicações) disse que as operadoras de celular podem enfrentar uma crise como a das empresas aéreas em pouco tempo. Segundo ele, haveria empresas demais no mercado. "As empresas poderão, no curto prazo, entrar numa rota muito parecida com a das companhias aéreas."
Segundo ele, como há muitas empresas no setor, elas podem perder receita. Miro disse que o modelo de organização empresarial é "predatório" e que ouviu essa opinião de "mais de uma pessoa do setor".
Na terça, o ministro recebeu representantes da Acel (Associação Brasileira dos Prestadores de Serviço Móvel Celular).
Miro afirmou, porém, que essa avaliação "não significa que o setor vá entrar em colapso".
Em abril de 2001, a BCP (operadora da banda B em São Paulo), por meio do Banco Central, fez circular na Câmara de Política Econômica documento no qual avaliava que havia excesso de empresas de telefonia móvel no setor e risco de colapso do sistema.
Na ocasião, o documento foi rechaçado publicamente pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A posição da agência criou uma crise com o BC, que acabou sendo analisada pela Comissão de Ética Pública.
As fusões de empresas de telefonia móvel são previstas dentro do modelo e têm sido consideradas benéficas pela Anatel. No dia 16, a BrasilCel (holding da Telesp Celular e da Telefônica Celular no Brasil) anunciou a compra da TCO (Tele Centro-Oeste) e passou a ter 16,8 milhões de assinantes de celulares no Brasil, ou 50% do mercado.
As empresas de telefonia celular (bandas A e B) solicitaram à Anatel reajustes de até 27% nas tarifas do setor.
(HUMBERTO MEDINA)


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