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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 3,29%; BC obtém sucesso em rolagem de dívida e moeda dos EUA cede para R$ 3,60
Dólar cai, e Bovespa sobe com pechincha
DA REPORTAGEM LOCAL
Dólar em queda e Bovespa em
alta. Ou seja, o mercado teve ontem, em relação aos últimos dias,
uma jornada atípica. Após três
pregões seguidos em baixa, a Bovespa subiu fortemente ontem e
fechou com alta de 3,29%.
Após atingir na terça-feira o
maior valor do ano, a conclusão
da rolagem integral da dívida
cambial do Banco Central (BC)
que vence em 3 de fevereiro fez o
dólar fechar cotado a R$ 3,60, com
queda de 1,1% em relação ao fechamento anterior.
O C-Bond, principal título da
dívida externa brasileira transacionado no exterior, acompanhou a valorização do real e fechou em alta de 0,83%. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caiu 3,8%, para 1.353 pontos.
O discurso feito na noite de anteontem pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez a
cotação abrir pressionada. Mas o
BC vendeu no final da manhã US$
300 milhões em linhas externas e
a alta diminuiu. Depois dos resultado da rolagem do BC, que vendeu aproximadamente US$ 790
milhões em contrato de "swap"
cambial e terminou a renegociação de US$ 1,7 bilhão em títulos
que vencem na próxima semana,
o valor da moeda inverteu a tendência de valorização.
Bovespa
Dos dez papéis mais negociados no pregão de ontem da Bovespa, nenhum fechou com desvalorização. A alta acentuada de
alguns desses papéis, como Petrobras e Embratel, influenciou as
negociações. No ano, a Bolsa acumula baixa de 3,5%.
A recuperação de ontem é vista
pelos analistas como um movimento típico depois da sequência
de quedas. Desde o dia 14 de janeiro até terça-feira a Bovespa
caiu 13,6%, e era esperado que alguns papéis voltassem a subir.
"Internamente tivemos a notícia de que podemos ter uma surpresa positiva com o resultado do
superávit da balança comercial na
próxima semana. Mas, depois das
últimas quedas, alguns começaram a achar que os preços das
ações estão muito baixos e passaram a comprar", disse Gustavo
Alcântara, analista do Prosper.
O volume de R$ 1,45 bilhão
transacionado ontem foi maior
do que o normal em razão de R$
872,4 milhões da operação de troca das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras Distribuidora por ações preferenciais da Petrobras.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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