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São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bolsa sobe 3,29%; BC obtém sucesso em rolagem de dívida e moeda dos EUA cede para R$ 3,60

Dólar cai, e Bovespa sobe com pechincha

DA REPORTAGEM LOCAL

Dólar em queda e Bovespa em alta. Ou seja, o mercado teve ontem, em relação aos últimos dias, uma jornada atípica. Após três pregões seguidos em baixa, a Bovespa subiu fortemente ontem e fechou com alta de 3,29%.
Após atingir na terça-feira o maior valor do ano, a conclusão da rolagem integral da dívida cambial do Banco Central (BC) que vence em 3 de fevereiro fez o dólar fechar cotado a R$ 3,60, com queda de 1,1% em relação ao fechamento anterior.
O C-Bond, principal título da dívida externa brasileira transacionado no exterior, acompanhou a valorização do real e fechou em alta de 0,83%. O risco-país, medido pelo banco JP Morgan, caiu 3,8%, para 1.353 pontos.
O discurso feito na noite de anteontem pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, fez a cotação abrir pressionada. Mas o BC vendeu no final da manhã US$ 300 milhões em linhas externas e a alta diminuiu. Depois dos resultado da rolagem do BC, que vendeu aproximadamente US$ 790 milhões em contrato de "swap" cambial e terminou a renegociação de US$ 1,7 bilhão em títulos que vencem na próxima semana, o valor da moeda inverteu a tendência de valorização.

Bovespa
Dos dez papéis mais negociados no pregão de ontem da Bovespa, nenhum fechou com desvalorização. A alta acentuada de alguns desses papéis, como Petrobras e Embratel, influenciou as negociações. No ano, a Bolsa acumula baixa de 3,5%.
A recuperação de ontem é vista pelos analistas como um movimento típico depois da sequência de quedas. Desde o dia 14 de janeiro até terça-feira a Bovespa caiu 13,6%, e era esperado que alguns papéis voltassem a subir.
"Internamente tivemos a notícia de que podemos ter uma surpresa positiva com o resultado do superávit da balança comercial na próxima semana. Mas, depois das últimas quedas, alguns começaram a achar que os preços das ações estão muito baixos e passaram a comprar", disse Gustavo Alcântara, analista do Prosper.
O volume de R$ 1,45 bilhão transacionado ontem foi maior do que o normal em razão de R$ 872,4 milhões da operação de troca das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras Distribuidora por ações preferenciais da Petrobras. (GEORGIA CARAPETKOV)


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