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Reservas internacionais ultrapassam os US$ 90 bilhões
Valor é o maior patamar já alcançado pelo Banco Central
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
As reservas internacionais
ultrapassaram ontem os US$
90 bilhões, maior patamar já
registrado pelo Banco Central.
Na sexta-feira, chegaram a US$
90,030 bilhões, aumento de
mais de US$ 4 bilhões em menos de um mês. Terão acréscimo de ao menos US$ 500 milhões da emissão de títulos da
dívida externa feita na terça da
semana passada, operação que
será liquidada hoje.
A previsão é que as reservas
internacionais terminem o ano
em US$ 90,274 bilhões, mas a
projeção não considera compras que a autoridade monetária fará durante o ano.
O governo brasileiro se aproveitou da valorização do real
frente ao dólar para reforçar as
reservas internacionais, que
passaram de US$ 53,799 bilhões em dezembro de 2005
para US$ 85,839 bilhões em dezembro do ano passado, e quitar parte de sua dívida externa.
Em 2005, foi feito o pagamento antecipado ao FMI
(Fundo Monetário Internacional) e ao Clube de Paris. No ano
passado, o Tesouro Nacional
fez uma operação para recompra de títulos da dívida externa.
Petróleo
O petróleo voltou a incomodar ontem. A queda do barril no
mercado internacional derrubou as ações da Petrobras e levou a Bovespa a terminar o pregão em baixa de 1,89%. As oscilações dos papéis da Petrobras
têm forte interferência no resultado da Bolsa de São Paulo.
A ação PN da companhia petrolífera é a que tem o maior
peso na formação do índice
Ibovespa -a principal referência do mercado brasileiro.
Ontem esse papel registrou
desvalorização de 2,64%, e a ordinária teve queda de 2,50%.
No mercado norte-americano, o petróleo chegou ao fim
dos pregões registrando baixa
de 2,54%, cotado a US$ 54,01. O
dia foi de fortes oscilações para
os contratos do produto, refletindo dúvidas em relação a se a
produção projetada pela Opep
(Organização dos Países Exportadores de Petróleo) será
suficiente frente ao frio esperado para o nordeste dos EUA.
O volume financeiro movimentado -R$ 2,29 bilhões- ficou bem abaixo da média diária
do ano -R$ 3,11 bilhões-, o
que mostra investidores mais
cautelosos, à espera da bateria
de eventos econômicos agendados para os próximos dias.
(ANA PAULA RIBEIRO e FABRICIO VIEIRA)
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