|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CRÉDITO
Questões legais impõem limites
Cidades pobres seguirão sem acesso direto ao BID
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Embora o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
queria que mais municípios recebam recursos seus, as cidades
mais pobres da América Latina e
Caribe, como as do Nordeste brasileiro, continuarão sem acesso
direto aos financiamentos. Sem
capacidade de pagamento, seguirão dependentes dos governos.
O presidente do BID, o colombiano Luis Alberto Moreno, disse
que a instituição trabalha para
elevar o número de participantes
com projetos, mas que as questões legais impõem restrições.
"Não é por limitação que tenha
o banco em relação aos recursos
que ele pode oferecer, mas pela
capacidade dos municípios em
absorver esses recursos", declarou ontem na inauguração da
reunião anual de governadores
do banco, que acontece até quarta-feira em Belo Horizonte (MG).
O ministro do Planejamento,
Paulo Bernardo, disse que o Brasil
tem a Lei de Responsabilidade
Fiscal e todo um rito de aprovação dos projetos. Para solicitar
empréstimos, o município tem
que ter capacidade de endividamento e pagamento e o projeto
precisa da anuência do governo,
Banco Central e Senado.
BID e governo brasileiro negociam uma nova linha de financiamento voltado para projetos municipais, o Pró-Cidades, voltado
para a agricultura. "No caso de
municípios mais pobres, eu não
vejo possibilidade de serem atendidos em um programa como esse. Aí temos que atendê-los com
outras linhas", disse Bernardo.
(PAULO PEIXOTO)
Texto Anterior: Novo Windows pode violar regra antitruste, diz UE Próximo Texto: Mineração: Vale quer reajuste de 24% para ferro Índice
|