|
Texto Anterior | Índice
MINERAÇÃO
Siderúrgicas chinesas voltam a negociar e admitem alta de até 10%
Vale quer reajuste de 24% para ferro
CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A CVRD (Companhia Vale do
Rio Doce) propôs a seus clientes
internacionais alta de 24% no preço do minério de ferro, duas semanas depois de o governo chinês ter interferido nas negociações para tentar evitar reajustes.
Principais clientes da Vale, as siderúrgicas da China abandonaram a posição intransigente que
vinham adotando e já admitem
elevações nos preços.
Ontem, o jornal oficial "China
Daily" informou que a Baosteel
voltou à mesa de negociações como representante das siderúrgicas do país. Ao mesmo tempo,
um executivo de outra estatal, a
China MinMetals, declarou à
Dow Jones que as empresas poderiam absorver altas de 5% a 10%.
A Vale é a maior exportadora de
minério de ferro do mundo, seguida das australianas Rio Tinto e
BHP. Juntas, as três empresas dominam cerca de 70% do mercado.
A China é o maior comprador do
produto, matéria-prima para a fabricação do aço, insumo fundamental no processo de rápida urbanização e forte crescimento
econômico do país.
A expectativa de que a demanda
chinesa aumente em cerca de 20%
neste ano é o principal fator que
leva analistas a prever um reajuste
de ao menos 15% para o minério
de ferro, depois da alta recorde de
71,5% do ano passado.
A definição de preços neste
mercado se dá por regras próprias. O reajuste que será obedecido em todos os fornecimentos é o
que ficar definido no primeiro
contrato fechado entre um grande produtor e uma grande siderúrgica.
No ano passado, o percentual de
71,5% foi definido em um acordo
entre a Vale do Rio Doce e a japonesa Nipon Steel.
Texto Anterior: Crédito: Cidades pobres seguirão sem acesso direto ao BID Índice
|